O Brasil ainda tinha 14,444 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em junho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego passou de 14,7% no trimestre encerrado em março para 14,1% no trimestre terminado em junho.
O total de desocupados diminuiu 2,4% em relação a março, 361 mil pessoas a menos em busca de uma vaga. Em relação a junho de 2020, o número de desempregados aumentou 12,9%, 1,654 milhão de pessoas a mais procurando trabalho.
A população ocupada somou 87,791 milhões de pessoas, 2,141 milhões trabalhadores a mais em um trimestre. Em relação a um ano antes, 4,444 milhões de pessoas encontraram uma ocupação.
A população inativa somou 74,914 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho, 1,569 milhão a menos que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa recuou em 2,867 milhões de pessoas.
O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – subiu de 47,9% no trimestre encerrado em junho de 2020 para 49,6% no trimestre até junho de 2021. No trimestre terminado em março, o nível da ocupação era de 48,4%.
No trimestre terminado em junho de 2021, faltou trabalho para 32,209 milhões de pessoas no Brasil, segundo os dados da Pnad Contínua agora divulgados.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho saiu de 29,7% no trimestre até março para 28,6% no trimestre até junho. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até junho de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,1%.
A população subutilizada caiu 3,0% ante o trimestre até março, 993 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até junho de 2020, houve um avanço de 0,8%, mais 264 mil pessoas.
<b>Desalento</b>
O Brasil tinha 5,581 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho, segundo os dados da Pnad Contínua agora divulgados. O resultado significa 388 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em março, um recuo de 6,5%. Em um ano, 101 mil pessoas a menos estão em situação de desalento, queda de 1,8%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
<b>Salários</b>
A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 3,777 bilhões no período de um ano, para R$ 215,490 bilhões, uma queda de 1,7% no trimestre encerrado em junho em relação ao mesmo período de 2020. Na comparação com o trimestre terminado em março, a massa de renda real caiu 0,6%, com R$ 1,199 bilhão a menos.
Já o rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 3,0% na comparação com o trimestre até março, R$ 79 a menos, de acordo com o IBGE. Em relação ao trimestre encerrado em junho do ano passado, a renda média encolheu 6,6%, R$ 178 a menos, para R$ 2.515.