Cerca de 50 professores estiveram nesta tarde de sexta-feira, 27, na sede da Degsul (Diretoria de Ensino Região Guarulhos Sul), da Secretaria de Educação do Estado, para protestar contra a falta de estrutura de trabalho e readequação salarial. Eles exigem cerca de 76% de aumento e caso não sejam atendidas as solicitações pretendem fazer greve a partir de 13 de março.
No inicio deste mês, o Governo do Estado anunciou o corte de verba para aquisição de materiais escolares e de manutenção. O que segundo professores, que preferiram não se identificar, está causando a falta de suprimentos como papel higiênico e cartolina, além de prejudicar as atividades pedagógicas. O manifesto contra a falta de estrutura está sendo realizado em todo Estado.
"O Governo do Estado anunciou o reajuste fiscal e a educação é uma das área que está sendo brutalmente penalizada. Já começamos o ano com o corte de elementos essenciais, além da necessidade que temos de reduzir o número de alunos por sala, que para essa ação, o Governo lota as salas", declarou a diretora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Osani Souza.
Osani ressaltou que caso as reivindicações não sejam atendidas pela Secretaria de Educação do Estado, já está sendo planejada a paralisação dos profissionais a partir do dia 13 do próximo mês. Eles querem aumento salarial de 75,33% sobre o salário base que varia entre R$ 1 200,00 a R$ 1 600,00 e melhores condições de trabalho nas unidades escolares.
"Em nossos informativos internos recebemos a informação de que não teríamos reajuste salarial neste ano. A reposição salarial é para adequação das categorias do mesmo nível de formação. Existem atraso na manutenção das escolas e na remessa de verbas, além de escolas que estão faltando vidros, papel higiênico e até copo de água", explicou Osani.
O GuarulhosWeb apurou que a região em que está englobada a cidade de Guarulhos, juntamente com os municípios de Arujá e Santa Izabel, é a aquela que mais teve salas de aulas fechadas no estado de São Paulo. Esta área teve 300 salas de aulas fechadas no inicio deste ano. Foi possível descobrir que o número de alunos passou de 35 para 45 por sala, além da crescente evasão escolar.