A CBF anunciou oficialmente nesta manhã que abriu nesta quarta-feira o edital para a contratação de uma empresa que vai operar os recursos tecnológicos da arbitragem de vídeo (VAR) que será implementada pela entidade nesta edição da Copa do Brasil, a partir das quartas de final da competição.
Por meio de nota publicada em seu site, a CBF informou que os participantes deste processo terão até o dia 5 de março, às 17 horas, para apresentar as suas propostas. E o organismo que controla o futebol nacional também informou que poderá recorrer à empresa vencedora da concorrência para implementar esta tecnologia em outros campeonatos, conforme já prevê o seu Regulamento Geral das Competições (RGC) de 2018.
“Estamos satisfeitos porque 16 empresas já manifestaram interesse em participar da concorrência, o que permitirá uma ampla análise de propostas técnicas e financeiras do mercado. Iniciaremos agora o processo de avaliação, a fim de fazermos os testes necessários para que o projeto seja implantado com excelência, já que a CBF foi pioneira na apresentação do árbitro de vídeo”, afirmou o diretor-executivo de gestão da CBF, Rogério Caboclo, por meio da nota publicada nesta quarta-feira.
Para definir a empresa que introduzirá o VAR em suas competições, a entidade ainda informou que “a proposta comercial a ser escolhida pela CBF levará em conta critérios como menor valor a ser pago, experiência e capacidade técnica e de recursos humanos das empresas em lidar com projetos audiovisuais, capacidade de investimento nos equipamentos e estrutura necessárias, entre outros”.
A CBF vem se preparando para introduzir a arbitragem de vídeo em suas competições desde março de 2016, quando recebeu autorização da Fifa para iniciar os experimentos com este tipo de tecnologia. Naquele ano, a entidade promoveu testes off-line (sem influência nas decisões da arbitragem em campo) nas finais do Campeonato Carioca, entre Botafogo e Vasco, no Maracanã.
Este projeto que visa a utilização do VAR foi criado com o apoio da Comissão de Arbitragem da CBF e da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (ENAF). A adoção da tecnologia para auxiliar a arbitragem a dirimir dúvidas relacionadas a lances de gol, pênalti, aplicação de cartão vermelho e também para corrigir a identificação errada de atletas que vem a ser punidos injustamente pelo juiz dentro do campo.
Na contramão deste projeto, o Campeonato Brasileiro deste ano não terá árbitro de vídeo após a sua introdução ser vetada, no último dia 5 de fevereiro, pela maioria dos clubes da Série A, durante reunião do conselho arbitral realizada na sede da CBF, no Rio, embora o uso do recurso tenha sido aprovado para a Copa do Brasil deste ano.
Muitos dos clubes queriam que a CBF arcasse com os custos exigidos para utilização do VAR no Brasileirão, estimados em R$ 30 mil por partida, e não concordaram em pagar totalmente ou em parte os gastos. O tema foi colocado em votação e 12 times posicionaram-se contra. Apenas sete foram a favor e o São Paulo não votou, pois seu representante deixou a reunião antes de o assunto ser definido.