O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro vai falar com empresários nesta sexta-feira, 20, sobre a necessidade de aumentar a capacidade de produção de respiradores no Brasil. Os equipamentos são considerados essenciais para o combate ao novo coronavírus.
"Respiradores são fundamentais para o nosso sistema de saúde. Eles estavam em processo de exportação, infelizmente nós não podemos exportar, precisamos desses equipamentos aqui. E o Ministério da Saúde vai fazer a compra, o indivíduo já tinha feito uma venda internacional para quem havia comprado, ele vai devolver o valor para quem havia comprado e nós vamos pagar exatamente e poder recompor", disse Mandetta durante transmissão em redes sociais com atualizações sobre a covid-19.
Mandetta falou sobre um trabalho que será feito pelo governo para "acelerar" a capacidade do País de produzir respiradores. A ideia, segundo ele, é atender o sistema de saúde brasileiro quando a demanda aumentar e, se for o caso, mas também países considerados irmãos.
"O presidente tem dado total atenção, amanhã ele deve conversar com o empresariado, entre outras coisas, sobre fazer esforço para produção aqui no Brasil de respiradores", contou o ministro. "Vamos lutar e vamos fazer, máscara também. Não tem essa de material da China, vamos ver qual material pode fazer, se precisar, não tem problema, se não tiver descartável vamos de pano", declarou Mandetta.
Ele reclamou que pessoas compararam máscaras e desabasteceram o setor. No próximo final de semana, ele disse que os materiais serão reabastecidos.
Mais cedo, o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus no Estado de São Paulo, David Uip, manifestou preocupação com a compra de equipamentos para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. "Creio que teremos dificuldade para compra de respiradores", disse. "Estamos nos preparando para processos graves com pacientes de deficiência renal."
Nesta quinta, a Anvisa informou que aprovou a regularização simplificada para Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e equipamentos eletromédicos essenciais para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, como ventilador pulmonar. Com isso, produtos que já são regularizados em países que tenham similaridade regulatória com o Brasil, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido e União Europeia, terão ingresso simplificado no Brasil.