Opinião

Por que não politizar?

Definitivamente, o governo federal não leva a sério a Educação em nosso país. Fosse diferente, o ministro Fernando Haddad não estaria mais à frente da Pasta, patrocinando uma série de episódios lamentáveis tanto para atual presidente Dilma Roussef (PT), assim como já havia feito com o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. As trapalhadas são emblemáticas e envolvem desde o cancelamento das provas do Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem) até a suspensão do suspendeu do kit anti-homofobia pela chefe da Nação, passando pelo recente episódio dos livros didáticos que consideram natural o singular não combinar com o plural em uma frase.


Em um país sério, onde um presidente da República soubesse que temas referentes ao Estado e a administração pública são politzados por essência, Haddad há muito não seria mais ministro. Só é porque prevalece a partidarização do poder. Isso pode, não é presidente? Os prejuízos financeiros patrocinados pelo ministro são absurdos. Isso sem falar as perdas que o setor acumula diante de diretrizes indefensáveis.


Neste episódio, dos kits anti-homofóbicos, Haddad mais uma vez se superou. Até ser vetado pela presidente após parte do conteúdo ser debatido por meios de comunicação e pelo Congresso Nacional, o material – que flagrantemente carregava uma propaganda velada sobre determinada opção sexual – já havia sido aprovado pela equipe da Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade), sob a subordinação do ministro.


Em sua defesa, o ministro garantiu que o processo de produção do kit passou por diversas instituições como o Ministério da Justiça, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e outras entidades civis. Ou seja, tudo soava natural. Não se levou em consideração a realidade do país nem, muito menos, os verdadeiros objetivos que teriam esse material.


Infelizmente, esse descaso com a educação parece não ser exclusividade do governo federal, em que pessoas incapazes, ação após ação, prevalecem perante o interesse público. Talvez, como Dilma discursou na última quarta-feira, quando defendeu com unhas e dentes seu braço direito Antonio Palocci, ministro da Casa Civil, não se deve politizar certas questões. Isso é coisa para a oposição. Ou então,  para a imprensa que faz seu papel perante a sociedade. Ou alguém se esquece que politizar é o ato de da consciência política a algo? 

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