Estadão

Por suposta vingança, mulher fica presa em sepultura por mais de 10h em Minas

Uma mulher de 36 anos foi enterrada viva em um cemitério municipal da cidade de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata de Minas Gerais, na última terça-feira, 28. Coveiros acionaram a Polícia Militar após perceberem marcas de sangue próximas de um sepulcro vertical fechado com tijolos e cimento fresco.

Ao chegarem ao local, policiais ouviram gritos pedindo socorro. Eles, então, quebraram a parede de tijolos e retiraram a mulher, que tinha ferimentos na cabeça e vários cortes pelo corpo. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi chamado e a mulher, socorrida ao Hospital São João Batista. Ela prestou depoimento, mas segue internada, segundo o hospital, que não deu detalhes sobre seu estado de saúde.

A princípio, de acordo com informações do delegado Diego Candian Alves, da Delegacia Regional de Polícia Civil em Ubá, a motivação do crime seria vingança envolvendo "desacertos" a respeito de uma arma de fogo.

À polícia, a mulher apontou dois homens como suspeitos, de 20 e 22 anos. Eles foram identificados, mas seguiam foragidos nesta quarta-feira, 29.

Segundo a mulher, ela estava em casa na companhia do marido, quando os homens chegaram encapuzados e começaram a agredir ambos. O marido, no entanto, conseguiu fugir. Ela afirmou que, a partir desse momento, não se lembra mais de nada até acordar no sepulcro, onde teria ficado por cerca de dez horas.

O serviço de Inteligência da Polícia Civil apurou que a vítima tem envolvimento com tráfico de drogas e furto. Ela disse ainda que teria guardado armas e drogas para os suspeitos e que esse material teria sido "extraviado".

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