A seleção de Portugal suou para conquistar o terceiro lugar na Copa das Confederações, neste domingo, na Rússia. Sem Cristiano Ronaldo, o time português precisou de um gol aos 46 minutos do segundo tempo para arrancar o empate com o México. E, depois, buscou a virada na prorrogação para vencer por 2 a 1 no Spartak Stadium, em Moscou. Mais tarde, às 15 horas, Alemanha e Chile vão decidir o título em São Petersburgo.
Em jogo mais movimentado do que o esperado, portugueses e mexicanos deixaram a desejar no primeiro tempo. Mas fizeram um segundo tempo de bons lances, defesas decisivas dos goleiros e emoção, principalmente nos segundos finais, quando Pepe empatou para Portugal. Neto, contra, abrira o placar para o México, no início da etapa final.
Na prorrogação, o duelo equilibrado ganhou ainda mais em emoção, lances mais renhidos e até desentendimentos em campo. Adrien Silva, de pênalti, virou o placar no primeiro tempo da prorrogação.
Mais uma vez, a arbitragem recorreu ao vídeo para tomar decisão importante nesta Copa das Confederações. Aconteceu no primeiro tempo, em penalidade sobre André Silva. O português acabou desperdiçando a cobrança. Ochoa, um dos melhores jogadores em campo, fez a defesa.
Foi a segunda partida entre as duas seleções na competição. Na fase de grupos, houve empate em outro jogo equilibrado, por 2 a 2. Desta vez, era esperado que os dois treinadores fizessem testes em suas equipes, visando as rodadas finais das Eliminatórias da Copa do Mundo. Mas Fernando Santos e Juan Carlos Osorio promoveram menos alterações do que o esperado em suas seleções.
O JOGO – Em um jogo que não vale título, numa competição sem maior prestígio, Portugal e México fizeram um primeiro tempo burocrático neste domingo, horas antes da final. Sem Cristiano Ronaldo em campo, as atenções estavam voltadas para André Silva, pelo lado português, e Chicharito, da equipe mexicana.
No primeiro tempo, somente o português esteve sob os holofotes, numa etapa arrastada e de poucas emoções. Aos 13 minutos, Silva foi derrubado na área. O árbitro hesitou e precisou da ajuda do vídeo para confirmar o pênalti. O próprio atacante foi para a cobrança, mas parou na defesa de Ochoa, no cantinho direito.
Logo na sequência, Portugal teve outra boa chance de abrir o placar, com Nani. Mas ele bateu longe e desperdiçou a oportunidade, aos 17 minutos. Do outro lado, o México praticamente só ameaçou uma vez o gol português. E foi justamente com Chicharito, em chute forte de longe. Rui Patrício fez grande defesa aos 30.
O segundo tempo foi mais movimentado, principalmente a partir dos 8 minutos. Foi quando o México abriu o marcador, contando com ajuda da defesa portuguesa. No lance, Chicharito investiu pela esquerda na linha de fundo e cruzou rasteiro na área. O zagueiro Neto, pego de surpresa, desviou contra as próprias redes.
Portugal, então, cresceu no jogo e passou a ameaçar mais a defesa mexicana. Ochoa, que costuma brilhar com a camisa da seleção, começou a mostrar serviço. Aos 15, fez linda defesa, quase à queima-roupa, em cabeçada de Gelson. Em seguida, Nani também tentou de cabeça, para fora.
A partir dos 30, porém, o ritmo de Portugal começou a cair. O cansaço pesou em cima dos jogadores que estiveram em campo durante 120 minutos na partida da semifinal contra o Chile, fora as cobranças de pênalti, que decidiram o confronto.
O duelo se encaminhava para o apito final quando Quaresma, que vinha apostando demais nos “chuveirinhos”, acertou cruzamento na área. André Silva falhou, mas Pepe, não. De sola, ele saltou na pequena área para mandar a bola para as redes aos 46 minutos, forçando a disputa da prorrogação.
O empate no fim trouxe novo combustível para o confronto. A prorrogação foi ainda mais movimentada, com desentendimentos entre os jogadores em campo e duas expulsões, por Lanes mais ríspidos. Semedo e Jimenez foram os excluídos.
A partida acabou sendo decidida em outro pênalti. Aos 12 minutos da etapa inicial do tempo extra, Layún desviou a bola com a mão dentro da área. Na cobrança da penalidade, Adrien Silva acertou forte chute no alto e virou o placar para os portugueses, sacramentando a vitória.
FICHA TÉCNICA:
PORTUGAL 2 x 1 MÉXICO
PORTUGAL – Rui Patrício; Eliseu, Luis Neto, Pepe e Nelson Semedo; Gelson Martins, Danilo (André Gomes) e João Moutinho (Adrien Silva), Pizzi (William Carvalho); Nani (Quaresma) e André Silva. Técnico: Fernando Santos.
MÉXICO – Ochoa; Layún, Nestor Araujo, Héctor Moreno, e Diego Reyes; Rafa Marquez (Marco Fabián), Andrés Guardado (Jonathan dos Santos) e Héctor Herrera; Carlos Vela, Chicharito Hernández (Jimenez) e Oribe Peralta (Lozano). Técnico: Juan Carlos Osorio.
GOLS – Neto (contra), aos 8, e Pepe, aos 46 minutos do segundo tempo. Adrien Silva (pênalti), aos 14 minutos do primeiro tempo da prorrogação.
CARTÕES AMARELOS – Rafa Marquez, Héctor Moreno.
CARTÕES VERMELHOS – Nelson Semedo e Jimenez.
ÁRBITRO – Fahad Al-Mirdasi (Fifa/Arábia Saudita).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Spartak Stadium, em Moscou (Rússia).