O GH apurou que as empresas temem receber severas multas por atrasos em voos como aconteceu recentemente com a empresa Gol, mo inicio do mês, multada em mais de R$ 2 milhões.
Na ocasião, a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, informou que o valor das multas aplicadas às companhias aéreas pode chegar a R$ 15 milhões este ano. A quantia é mais de que o dobro dos R$ 7,3 milhões aplicados em 2009. As obras paralisadas não são as que estão a cargo do Exército e sim as da pista principal e de taxiamento do aeroporto, que deveriam começar no domingo e terminar no prazo de três meses.
Durante esse período, segundo a Infraero (Infraestrutura Aeroportuária) a pista mais extensa do aeroporto, de 3,7 mil metros, teria de ser reduzida para 2,5 mil metros. As obras previstas para começaram no domingo, devem acontecer apenas e março, caso não ocorra outro revés.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de São Paulo", um estudo feito pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão do comando da Aeronáutica, mostrava que esse encurtamento da pista faria com que a capacidade operacional de Cumbica caísse dos atuais 45 movimentos (pousos ou decolagens) por hora para 28.
Sem um completo remanejamento das malhas aéreas das empresas, apontou o estudo do Decea, o aeroporto dificilmente conseguiria absorver o fluxo de aeronaves, o que comprometeria a pontualidade dos voos não só em São Paulo, mas em praticamente todo o País.
Ainda de acordo com a reportagem, a Infraero chegou a elaborar um plano e discutí-lo com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas as companhias aéreas insistiram no adiamento das obras. Argumentavam que o setor está aquecido e que já haviam vendido milhares de bilhetes para esse período e não teriam como cancelá-los, sob pena de prejudicar seus passageiros.