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É possível morar na Lua? Pesquisadores encontram caverna que pode servir como base espacial

Mais de 50 anos depois de o homem pisar na Lua pela primeira vez, estudos apontam para a possibilidade de habitar o satélite natural, ainda que por um período de tempo limitado. Um grupo de pesquisadores diz ter encontrado evidências de uma caverna subterrânea, onde uma futura base espacial poderia ser construída.

O estudo, publicado na revista científica <i>Nature</i>, foi elaborado com base em informações do Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO na sigla em inglês) da Nasa.

Os dados coletados mostram que há uma caverna situada a aproximadamente 150 metros abaixo da superfície, com cerca de 45 metros de largura e 80 metros de comprimento na planície lunar chamada de Mare Tranquillitatis. Foi nesse local que astronautas pousaram durante a primeira missão espacial que aterrissou na Lua, a Apollo 11, em 1969.

As primeiras cavernas lunares foram localizadas pela primeira vez há mais de uma década e são apontadas como um possível local para ocupação humana. "A exploração direta (das cavernas) poderia confirmar a presença de ambientes subterrâneos estáveis, protegidos da radiação e com condições de temperatura ideais para a futura utilização humana", diz o estudo.

As imagens obtidas a partir da LRO indicavam que a cratera de Mare Tranquillitatis está repleta de rochas, mas não estava claro se havia de fato uma caverna subterrânea. Com auxílio de simulações computadorizadas, os pesquisadores afirmam que o local pode ser habitado.

"Essa descoberta sugere que Mare Tranquillitatis é um local promissor para uma base lunar, pois oferece abrigo contra o ambiente hostil da superfície e poderia apoiar a exploração humana de longo prazo da Lua", afirmam os pesquisadores.

O grande desafio, no entanto, seria a criação de formas para que se consiga acessar a caverna. "Entrar nessa cratera requer descer 125 metros antes de chegar ao fundo, e a borda é uma encosta íngreme de detritos soltos onde qualquer movimento pode resultar em pequenas avalanches", ponderou Robert Wagner, pesquisador da Universidade Estadual do Arizona, ao jornal britânico <i>The Guardian</i>.

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