Opinião

Postura política ameaça a candidatura de Alan

Um dos candidatos da Oposição que teria alguma chance de fazer frente à reeleição de Sebastião Almeida (PT) ou pelo menos de angariar votos para forçar a realização de um segundo turno, Alan Neto (DEM) – que inclusive aparece bem na pesquisa do DataLivre, divulgada semana passada pelo Guarulhos HOJE – vem deixando bastante a desejar em sua campanha, demonstrando até para seus pareceiros que sua candidatura não é tão séria como poderia se esperar. O famoso “tamo junto”, jargão usado pelo vereador em qualquer conversa com quem lhe propõe alguma parceria política já virou motivo de piada na cidade, já que ele se caracteriza por não cumprir qualquer compromisso firmado.
  O caso mais emblemático está na própria coligação que seu partido firmou com o PTB, que indicou o também vereador Eduardo Kamei como vice de sua chapa. No acordo, conforme atesta o presidente municipal da sigla, Waldomiro Ramos, ficaria a cargo do DEM de Alan as campanhas proporcionais dos 40 candidatos a vereador do partido. A menos de 40 dias das eleições, no entanto, nada foi cumprido. Os postulantes a uma vaga na Câmara Municipal pelo PTB correm soltos à própria sorte, sem o amparo prometido pelos democratas. Mais um “calote político” de Alan, segundo afirmou Ramos ao
Guarulhos HOJE.


Fora isso, a própria postura de Alan na Câmara Municipal, quando se licenciou, duas semanas atrás, por “motivos particulares” em meio a uma articulação da Oposição, sem – ao menos – informar seu vice, demonstrou falta de comprometimento político com sua própria coligação. Não demorou para se perceber que tudo fazia parte de uma manobra maior, com interesses outros que não aqueles tão defendidos e divulgados na mídia.


Desta forma, bastaram alguns dias para que outros vereadores do DEM tomassem o mesmo rumo, sob o pífio argumento de que não aceitavam ser usados, quando na verdade estavam apenas seguindo a mesma trilha do presidente municipal do partido, “coincidentemente” Alan, um candidato a prefeito que hoje não consegue ter o apoio nem dos postulantes a vereador de sua coligação. Nessa toada, fica difícil para ele – e para qualquer outra pessoa – sair à rua pedindo aos eleitores para o “tamo junto”. Nunca  o vote certo foi tão incerto.

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