A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou hoje que a economia do país está "muito forte", no quadro atual. Ao mesmo tempo, disse haver "claramente riscos à perspectiva", como a inflação elevada e a guerra da Rússia na Ucrânia e seus desdobramentos. Segundo ela, os EUA continuam a avaliar e a discutir com seus parceiros internacionais potenciais novas sanções contra a Rússia. Caso Moscou prossiga com a guerra no vizinho, "provavelmente adotaremos mais sanções", adiantou.
Questionada sobre o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre, Yellen argumentou que o dado principal do PIB não é o melhor indicador da economia americana neste momento. Ela destacou o fato de que os gastos dos consumidores e os investimentos das empresas "seguem muito fortes". Além disso, ressaltou a força do mercado de trabalho atual.
Na frente da inflação, Yellen admitiu que ela está "muito elevada" neste momento e que é necessário reduzi-la. Ressaltando a independência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), ela notou que o BC caminha para tentar um "pouso suave" na economia enquanto contém a inflação. "É possível" que o Fed tenha sucesso, mas de fato há "riscos" à perspectiva, notou.
A guerra russa na Ucrânia provoca uma "escalada" nos preços de commodities, o que pode ter efeitos para outras nações, sobretudo as da Europa e as em desenvolvimento, mas também nos EUA, apontou ela.
Yellen ainda comentou que, na avaliação dela, os bancos "estão muito fortes" nos EUA, neste momento.