A Executiva Nacional do PPS decidiu que o partido vai formalmente apoiar as manifestações marcadas para o dia 15 deste mês. Em comunicado, o partido diz que vai “participar, incentivar e ajudar a mobilizar a sociedade para as manifestações contra o governo Dilma”.
O documento, no entanto, diz que o PPS não vai, “no momento”, defender o processo de impeachment da presidente da República. “Não acredito que, no momento, alguma força política vá assumir o processo de impeachment, não ocorreu isso no período de Collor. Isto pode se impor e temos que ter entendimento de que isso, se avançar, é melhor do que a volta do debate da intervenção militar, uma proposta que repudiamos”, diz trecho da nota atribuído ao presidente nacional da legenda, Roberto Freire.
O partido informa que a decisão foi tomada unanimemente, em reunião da Executiva Nacional do PPS, nesta terça-feira, 3.
Na nota, o partido diz que vai apoiar “uma mobilização que irá protestar contra a corrupção na Petrobras, o ajuste fiscal do governo, o pacote do Planalto que retira direitos dos trabalhadores, enfim, contra o estelionato eleitoral patrocinado pelo PT nas últimas eleições”. Apesar do posicionamento atual, nas eleições do ano passado, o PPS apoiava a candidatura de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva, que propunham ajustes à execução do orçamento federal.
Outras manifestações sobre o dia 15
Partidos têm evitado se envolver oficialmente com as manifestações organizadas através das redes sociais. Na semana passada, em almoço com lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os senadores Aloysio Nunes (SP), Cássio Cunha Lima (PB), Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP), o PSDB decidiu apoiar com quadros, mas não envolver a legenda diretamente na organização dos atos. Apenas Aloysio Nunes confirmou que participará das manifestações.
O PT, por sua vez, emitiu uma nota, que foi republicada ao longo do fim do mês passado em diversas ocasiões pela agência de notícias da legenda, reforçando a mensagem de que não faria uma manifestação contrária ou em resposta aos protestos marcados para o dia 15. No dia 13, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai fazer uma manifestação em “defesa da Petrobras”. O Planalto tentou desmobilizar a entidade, que não voltou atrás e mantém a data da mobilização.