A Praça da Sé, um dos marcos da cidade de São Paulo, está cercada por grades móveis desde a última segunda-feira, 10. O subprefeito da Sé, Alvaro Camilo, afirma que a instalação de grades faz parte das ações de segurança e zeladoria para proteger os jardins e os locais que estão recebendo as intervenções de paisagismo, poda de árvores e lavagem da área do passeio.
"É um trabalho temporário para organizar a praça, que estava muito desordenada e o retrabalho era muito grande. A gente cortava a grama e a limpeza de manhã, mas à tarde já tínhamos problema com pessoas subindo na grama", diz Camilo ao <b>Estadão</b>.
"Com algumas exceções, a gente não costuma fechar as praças. Nossa intenção é deixá-la aberta. A recuperação da Praça da Sé é uma prioridade zero da subprefeitura no enfrentamento da desordem urbana. Nossa intenção é permitir que as pessoas possam voltar a circular por ali. É o marco central."
No mês passado, a Prefeitura de São Paulo iniciou um movimento na região para impedir o uso das barracas de camping por pessoas em situação de rua durante o dia. A Prefeitura justifica a remoção das barracas com base em um decreto de 2020, que não permite ocupações permanentes em locais públicos que atrapalhem a livre circulação de pedestres e veículos.
Objetos como camas e sofás também devem ser removidos, segundo o município, por não serem considerados de "uso pessoal".
"Não tiro pessoas da rua e não tiro barracas. Antes da ação de zeladoria, temos uma ação social e de saúde oferecendo acolhimento às pessoas. Não retiramos pertences de ninguém", diz Camilo.