Música alta, consumo de bebidas por menores de idade, uso e comércio de drogas, sexo na praça, brigas e desrespeito aos moradores são alguns dos ingredientes do ‘pancadão do Continental 2 que já reuniu centenas de pessoas ao mesmo três vezes desde janeiro deste ano. A festa irregular combinada em redes sociais chega a fechar as ruas Luiz Antônio Sperandio, Álvarino Souza Resende e Nancy da Silva Cabral, ambas que margeiam a praça que serve como ponto final dos ônibus no Continental 2.
A reportagem do HOJE foi ao local e conversou com diversos moradores – que pediram para não serem identificados com medo de represálias – que confirmaram que a baderna, além de começar tarde da noite, nunca tem hora para terminar. "Por volta das 23h os carros começam a encostar e ligam o som. É um inferno. Não respeitam ninguém", disse uma das moradoras.
Um outro morador contou ao HOJE que no último encontro, na semana passada, até arma viu na mão de um dos participantes do pancadão. "Saiu uma briga e foi a maior correria. Sai na rua pra ver o que estava acontecendo quando vi um rapaz armado correndo atrás de outro", contou.
Os moradores dissera também que têm chamado a polícia e que viaturas chegam a ir até o local. O problema é quando a viatura vai embora e a festa recomeça. "Da última vez a polícia militar veio e os caras desligaram o som e pararam a festa. Mas quando a viatura vai embora começam de novo. Enquanto não fizerem (polícia) uma batida aqui e prenderem um monte de gente, apreenderem carros, isso não vai acabar", opinou um dos moradores.
No local onde acontece a festa regrada de Funk existe uma praça que serve como ponto final da linha 011 que liga o Continental ao metrô Armênia na Capital paulista. No dia em que a reportagem esteve no local, funcionários da prefeitura faziam obras e limpavam o espaço. Mas, verificando o terreno, não foi difícil encontrar camisinhas usadas e cápsulas que geralmente são usadas para armazenar drogas. "Se vocês vierem quando está rolando o pancadão, irão ver um monte de menor de idade consumindo bebida alcoólica, gente traficando droga e sexo na praça. Aqui é um lugar gostoso de se morar, mas está ficando insuportável devido a estas festas que estão acontecendo", sugeriu um morador.