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Pratto decide e Atlético vai às quartas da Libertadores com vitória sobre Racing

Em típico jogo tenso de Libertadores, o Atlético Mineiro conquistou uma suada vitória sobre o Racing, por 2 a 1, e assegurou seu lugar nas quartas de final da competição sul-americana. Lucas Pratto, mesmo desperdiçando uma cobrança de pênalti, foi o herói do time brasileiro na noite desta quarta-feira, no Independência, em Belo Horizonte.

O atacante deu assistência para o primeiro gol atleticano, marcado por Carlos, e anotou o segundo. Liderando o ataque atleticano e colocando pressão na defesa argentina, Pratto foi o motor da equipe mineira, mesmo perdendo uma penalidade quando o time da casa já liderava o placar.

Com a classificação, o Atlético quebrou a sequência de eliminações na fase de oitavas de final, nos últimos dois anos. A vaga nas quartas anima duplamente os torcedores porque, da última vez que o time mineiro alcançou as quartas, se sagrou campeão, em 2013.

Na próxima fase, o Atlético fará um confronto brasileiro com o São Paulo, que perdeu para o Toluca por 3 a 1, nesta quarta, mas avançou porque goleara por 4 a 0 na partida da ida. O confronto da volta nas quartas de final terá mando atleticano por ter melhor campanha na competição.

O JOGO – Tentando surpreender o Racing, o técnico Diego Aguirre fez uma importante mudança no meio-campo atleticano. Colocou Carlos na vaga do machucado Dátolo quando a torcida esperava por Cazares ou até mesmo Patric na posição. De resto, o treinador manteve a formação de três volantes que segurou bem o time argentino jogo da ida.

O treinador precisou de apenas 16 minutos para ter confirmada sua aposta. Foi o tempo necessário para Lucas Pratto descolar bela jogada pela direita e cruzar na medida para Carlos escorar, de primeira, para as redes. Foi o lance que incendiou a torcida e fez as duas equipes despertarem para o jogo ofensivo.

Até então Atlético e Racing se excediam na cautela, mantendo o truncado duelo no meio-campo. De cuidadosos, os times passaram a arriscar no ataque. E, uma vez que o placar era desfavorável, o time argentino foi para cima e teve sucesso aos 19, quando Leandro Donizete fez falta sobre Lisandro López dentro da área. O próprio atacante converteu a cobrança e empatou o jogo.

A igualdade aplacou torcida e time atleticanos. A partida passou a contar com lances mais ríspidos e Aguirre, do banco de reservas, tentava acalmar alguns jogadores do Atlético mais nervosos em campo. Com o empate, o time brasileiro precisava fazer 2 a 1 para avançar na competição.

O nervosismo era evidente na defesa atleticana. Desatento, Marcos Rocha falhava constantemente na cobertura e o Racing descia pela esquerda do ataque com facilidade. Por esse lado, o time argentino criou duas boas chances de gol, que assustaram a torcida mineira nos instantes finais do primeiro tempo.

Depois de um eletrizante fim de etapa, os dois treinadores resolveram mudar seus ataques. Aguirre trocou Carlos por Hyuri enquanto o técnico do Racing, Facundo Sava, decidiu colocar em campo o goleador do time. Recuperado de lesão, Gustavo Bou foi o artilheiro da última Libertadores.

O confronto se tornou mais franco, porém sem chances de gol mais agudas, agora uma bola na trave, de Pratto. Aguirre, então, resolveu deixar a equipe da casa ainda mais ofensiva. Trocou o volante Leandro Donizete pelo atacante Clayton.

Mas não foram os reforços da segunda etapa que desempataram a partida. Foi Pratto, responsável pela assistência do gol de Carlos, que deixou sua marca, aos 26 minutos. Na área, ele escorou de cabeça, completando cobrança de falta na área, cobrada por Rafael Carioca.

Motor da equipe no ataque, Pratto era quem mais assustava os zagueiros argentinos. E era o responsável pelas principais jogadas do Atlético. Assim, a torcida não criticou quando o atacante desperdiçou cobrança de pênalti, aos 35 minutos. A penalidade, duvidosa, teve origem em toque de mão de Sánchez, que estava de costas e no ar, em tentativa de cabeçada. Reconhecendo a grande atuação de Pratto, a torcida exaltou o atacante após a defesa de Ibáñez na cobrança.

Nos minutos finais, a partida voltou a ganhar em tensão. O jogo cá e lá assustou ambas as torcidas até que o apito final trouxe alívio aos atleticanos.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 2 x 1 RACING

ATLÉTICO-MG – Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete (Clayton), Júnior Urso e Carlos (Hyuri); Robinho (Eduardo) e Lucas Pratto. Técnico: Diego Aguirre.

RACING – Ibáñez; Pillud, Vittor, Nicolás Sánchez e Grimi; Videla, Aued, Acuña (Pereyra), Noir (Diego Milito) e Óscar Romero (Gustavo Bou); Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.

GOLS – Carlos, aos 16, e Lisandro López (pênalti), aos 20 minutos do primeiro tempo. Lucas Pratto, aos 26 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Rafael Carioca, Leandro Donizete, Óscar Romero, Gustavo Bou, Júnior Urso, Acuña.

ÁRBITRO – Daniel Fedorczuk (Fifa/Uruguai).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).

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