O prazo para cumprir a determinação do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Rafael Tocantins Malpez, para exoneração, de 30 dias é considerado pequeno pelos vereadores. A intenção dos parlamentares é a de contratar uma assessoria para reorganizar a Casa e, por meio de estudo, comprovar a necessidade de manter o número atual de comissionados nos gabinetes.
Nesta quinta-feira, por volta das 13h45, o presidente interino Paulo Sérgio (PV) deve receber a notificação judicial que o obriga a demitir os comissionados até o dia 25 de setembro. "Precisamos de pessoas da nossa confiança para trabalhar conosco. Caso seja aberto concurso público, podemos ter em um mandato trabalhadores prestando serviço para o PT e no outro para o PSDB", destaca Sérgio, contra a exoneração.
Além da versatilidade negativa evidenciada por Paulo Sérgio, o vereador Geraldo Celestino (PSDB) acredita que os trabalhos serão prejudicados a partir do esvaziamento dos gabinetes e reclama do prazo de 30 dias. "Para que os trabalhos continuem no mesmo ritmo, sem interrupções, temos que criar cargos emergenciais. Caso contrário, temos de entregar as chaves da Casa para o Ministério Público, já que o prazo para qualquer ação sobre o caso é curto", explica.
Possibilidade – Em relação aos questionamentos dos vereadores sobre o prazo que a Justiça determinou para exoneração dos cargos comissionados, existe a possibilidade de ser prorrogado – caso seja solicitado para comprovar a necessidade do grande número de assessores. "Caso seja solicitado um prazo maior por parte dos parlamentares para apresentação de estudos que comprovem a quantidade de cargos, sem problemas, desde que também passe pelo crivo do juiz Rafael Tocantins", justifica o promotor Zenon Lotufo, sobre a possibilidade de estender o prazo para demissão.
Descontente com a atual situação da Casa, o parlamentar Edmilson Souza (PT), líder da bancada petista, acredita que o momento turbulento é provocado pela falta de administração em gestão anteriores. "O MP já havia apontado problemas em projetos anteriores, e nada foi feito para evitar novos constrangimentos. Vamos reunir nos próximos dias para definir o que iremos fazer", diz Edmilson.