Internacional

Pré-candidatos republicanos dos EUA condenam acordo nuclear com Irã

Os pré-candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos pediram um claro realinhamento da política externa do país, em dois debates ocorridos entre eles na quinta-feira. Segundo eles, o governo do presidente Barack Obama perdeu influência no Oriente Médio e permitiu que o Estado Islâmico e o Irã ganhassem espaço de maneira perigosa pela região.

Muitos dos candidatos ofereceram propostas similares para lidar com o Oriente Médio: reparar as relações com Israel, acabar com o acordo nuclear com o Irã e assumir uma postura mais agressiva em relação ao Estado Islâmico. Mas houve também diferenças.

O empresário Donal Trump focou sua atenção na política externa no comércio, dizendo que milhões de importações de automóveis do Japão e desequilíbrios comerciais com a China e o México estão prejudicando trabalhadores dos Estados Unidos.

A ex-executiva-chefe da HP Carly Fiorina disse que os ataques cibernéticos ocorridos da China e da Rússia são tão desestabilizadores quanto as redes terroristas no Oriente Médio. O governador de Nova Jersey, Chris Christie, disse que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) deve ter alguns de seus poderes de monitoramento restaurados, para combater ameaças terroristas. Já o senador Rand Paul argumentou que os poderes de espionagem do governo eram uma intromissão na privacidade dos norte-americanos, o que gerou uma discussão com Christie.

Em relação ao caso iraniano, os pré-candidatos mostraram em geral unidos, condenando o acordo fechado entre os EUA e mais cinco potências e Teerã para controlar o programa nuclear do país em troca de um alívio nas sanções contra o Irã. Vários deles disseram que cancelariam o acordo em seu primeiro dia na Casa Branca.

O ex-governador da Flórida Jeb Bush foi questionado sobre declarações controversas feitas por ele em relação à invasão do Iraque em 2003. Bush disse que a guerra no Iraque era um erro e reiterou sua posição. Segundo ele, a decisão de invadir o país foi tomada com informações erradas de inteligência e sem a segurança como prioridade. O irmão dele, George W. Bush, era o presidente na época da invasão. Mas Jeb Bush também criticou o governo Obama por retirar as tropas do Iraque muito rapidamente, dizendo que o Estado Islâmico foi criado no vácuo deixado por essa saída.

O governador do Wisconsin, Scott Walker, tratou das relações com a Rússia. Walker prometeu enviar armas à Ucrânia e instalar um sistema de defesa antimísseis na Polônia e na República Checa. Fonte: Dow Jones Newswires.

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