Opinião

Precisa muito além da tal faxina

A presidente Dilma Roussef (PT) não conseguirá contentar a opinião pública apenas com os belos discursos sobre a “faxina ética” que diz ter imposto em sua administração. Não serão algumas dezenas de demissões que limparão toda a sujeira exposta em anos de esquemas de corrupção em ministéris como nos Transportes.  Segundo cálculos iniciais da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgados na semana passada, pelo menos R$ 682 milhões foram desviados  aos cofres públicos.


Percebam que não se trata de apenas uma denúncia da oposição. Trata-se de uma auditoria oficial realizada pelo órgão maior da República. O documento por enquanto faz recomendações, mas aponta 66 irregularidades em 17 contratos e licitações, cujos valores chegam a R$ 5,1 bilhões. A auditoria menciona indícios de conluio, precariedade dos projetos, preços excessivos, serviços não executados, adulteração em medições de obras, direcionamento em concorrência, entre outros problemas. A CGU cita comportamentos “permissivo”, “omissivo” e “doloso”. Houve prejuízos em obras de seis rodovias federais e irregularidades em outras duas.


Ou seja, é dinheiro que não acaba mais que deveria ter sido aplicado em melhorias em rodovias, que seguem abandonadas, matando gente comum, justamente aquela que – compulsoriamente – pagou caro por tudo isso em forma de pesados impostos.


A situação da BR-101, segundo a CGU, evidenciou “o descaso”, “a falência do modelo de supervisão de obras” e a “conivência da fiscalização”. Na mesma rodovia, no Espírito Santo, foram usadas fotos idênticas da estrada em diferentes medições. Já na BR-116/RS, o prejuízo foi de R$ 101 milhões em decorrência de “irregularidades graves” na duplicação. Dois casos revelados em julho, que somam cerca de R$ 50 milhões, foram auditados e as irregularidades, incluindo favorecimento nas licitações, confirmadas.


Por tudo isso, mais do que nunca, torna-se imperioso que a sociedade exija não só a punição aos culpados, sejam eles quem forem, mas também a devolução aos cofres públicos de todo esse dinheiro. Jogar a sujeira embaixo do tapete está longe de ser chamada de faxina. Tem outro nome que é melhor não reproduzir aqui.  A presidente Dilma Roussef (PT) não conseguirá contentar a opinião pública apenas com os belos discursos sobre a “faxina ética” que diz ter imposto em sua administração. Não serão algumas dezenas de demissões que limparão toda a sujeira exposta em anos de esquemas de corrupção em ministéris como nos Transportes.  Segundo cálculos iniciais da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgados na semana passada, pelo menos R$ 682 milhões foram desviados  aos cofres públicos.


Percebam que não se trata de apenas uma denúncia da oposição. Trata-se de uma auditoria oficial realizada pelo órgão maior da República. O documento por enquanto faz recomendações, mas aponta 66 irregularidades em 17 contratos e licitações, cujos valores chegam a R$ 5,1 bilhões. A auditoria menciona indícios de conluio, precariedade dos projetos, preços excessivos, serviços não executados, adulteração em medições de obras, direcionamento em concorrência, entre outros problemas. A CGU cita comportamentos “permissivo”, “omissivo” e “doloso”. Houve prejuízos em obras de seis rodovias federais e irregularidades em outras duas.


Ou seja, é dinheiro que não acaba mais que deveria ter sido aplicado em melhorias em rodovias, que seguem abandonadas, matando gente comum, justamente aquela que – compulsoriamente – pagou caro por tudo isso em forma de pesados impostos.


A situação da BR-101, segundo a CGU, evidenciou “o descaso”, “a falência do modelo de supervisão de obras” e a “conivência da fiscalização”. Na mesma rodovia, no Espírito Santo, foram usadas fotos idênticas da estrada em diferentes medições. Já na BR-116/RS, o prejuízo foi de R$ 101 milhões em decorrência de “irregularidades graves” na duplicação. Dois casos revelados em julho, que somam cerca de R$ 50 milhões, foram auditados e as irregularidades, incluindo favorecimento nas licitações, confirmadas.


Por tudo isso, mais do que nunca, torna-se imperioso que a sociedade exija não só a punição aos culpados, sejam eles quem forem, mas também a devolução aos cofres públicos de todo esse dinheiro. Jogar a sujeira embaixo do tapete está longe de ser chamada de faxina. Tem outro nome que é melhor não reproduzir aqui. 

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