As imensas filas nas papelarias de Guarulhos denunciam: é hora de comprar o material escolar. Os preços variam muito e a escolha deve ser feita segundo critérios práticos, como a qualidade e a durabilidade do material (sem contar a parte estética), já que ele deve aguentar todo o ano letivo, assim como os alunos.
O GuarulhosWeb visitou duas lojas na região central da cidade para comparar alguns preços e no mesmo material chegou a ver uma diferença de 226% no valor cobrado por um caderno de brochura de capa dura. Numa tradicional papelaria localizada na rua Felício Marcondes, o caderno, muito utilizado pelas crianças no ensino fundamental, custa R$ 6,85; já numa grande loja popular localizada no calçadão da Rua Dom Pedro I sai por R$ 2,10.
Os preços dos materiais variam inclusive dentro de cada loja. O caderno universitário de 200 folhas, por exemplo, tem preços de R$ 12,80 a R$ 35,91. Ambos são de capa dura, têm a mesma quantidade de folhas e qualidade no papel, a diferença está na marca do produto.
Uma caneta esferográfica pode custar de R$ 0,99 a R$ 6,90; uma borracha varia de R$ 0,60 a R$ 4,70, um lápis preto de R$ 0,65 a R$ 1,85. “Eu seleciono os materiais pelo preço e também pelo gosto dela. Às vezes ela quer algo mais caro, mas daí eu mostro algo similar mais barato, porque fora o material escolar tem os livros e o uniforme”, afirma a tapeceira Elaine Marques Barbosa, 41 anos.
Elaine é mãe de Maísa Marques Brito Barbosa, estudante de 13 anos que este ano estará na 8ª série do ensino fundamental. A reportagem a encontrou entre as centenas de cadernos universitários da grande loja do calçadão. Para ela, os cadernos estão mais caros. “No ano passado tivemos que comprar outro caderno no meio do ano, então vamos comprar agora, pena que estão mais caros”, diz Maísa, que sonha em ser médica e retorna às aulas já no dia 25.
Jéssica Yasmin Ferreira Silva, 16 anos, também estava procurando cadernos na popular loja do calçadão no centro da cidade. Ela está prestes a iniciar o 3º ano do ensino médio na Escola Professora Maria Aparecida Félix Porto, localizada no Jardim das Nações. “A escola não entrega lista de material, mas eu sei que preciso de caderno, caneta, lápis, régua. Acho que vou gastar uns R$ 70. Só nos cadernos vou gastar R$ 40”, diz a jovem que sonha em fazer faculdade de gastronomia.
Ela não estava sozinha. Sua mãe, a dona de casa Kely Cristina Ferreira, 37 anos, também achou os preços mais elevados do que no ano anterior. “Eu achei bem salgadinho o preço dos cadernos, mas ela precisa. Comprar o material é apoiar o sonho dela de estudar. E ela é bem consciente da nossa situação, saberá comprar apenas o necessário”, afirma a mãe.
O Procon-SP orienta que antes de ir às compras é bom verificar quais dos produtos da lista de material o consumidor já possui em casa e, ainda, se estão em condição de uso. Promover a troca de livros didáticos entre alunos que cursam séries diferentes também garante economia e reaproveitamento de recursos. Importante também verificar as condições de pagamento. Há estabelecimentos que oferecem descontos em pagamento à vista em dinheiro.