Economia

Preço do etanol nos postos do Brasil avança 7,9% na entressafra

O preço médio do etanol hidratado, utilizado diretamente no tanque dos veículos, acumulou alta de 7,9% nos postos brasileiros nesta entressafra de cana-de-açúcar 2015/16, entre janeiro e março. A valorização, típica para esta época do ano e acentuada pela demanda robusta de 2015, porém, foi menor do que a de 8,1% observada em igual momento de 2014/15. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Na média nacional, o litro do biocombustível passou de R$ 2,666 no início do ano para R$ 2,878 na semana passada. Em igual intervalo de 2015, o litro do álcool variou de R$ 2,048 para R$ 2,214. Assim, embora a alta de agora tenha sido menos intensa, os preços do hidratado continuam acima daqueles verificados há um ano – o aumento é de 30% se considerada a posição na última semana.

Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a valorização nesta entressafra foi de 7,2%, para R$ 2,744 por litro. A alta também foi menor do que aquela registrada nos três primeiros meses de 2015, de 8,5%, para R$ 2,075 por litro.

Um dos motivos apontados para a alta mais acentuada na entressafra de 2014/15 é a recomposição da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), em fevereiro do ano passado. A incidência do tributo em R$ 0,10 por litro de gasolina acabou por impulsionar também o etanol hidratado, seu concorrente direto.

Vale lembrar que o aumento das cotações do álcool é comum no início de cada ano, pois é quando o Centro-Sul do Brasil, principal área produtora de cana-de-açúcar, fabrica menos etanol. A expectativa é de que a produção aumente já a partir do mês que vem, quando tem início oficial a safra 2016/17 na região.

Conforme cálculos da Datagro, os estoques de hidratado em 31 de março devem alcançar 300 milhões de litros, bem menos que os de 1,2 bilhão de litros reportados em igual data do ano passado. A razão para queda está no consumo aquecido de 2015, que chegou a superar os 1,6 bilhão de litros em alguns meses.

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