Os preços no varejo também contribuíram para a desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) entre janeiro e fevereiro (0,76% para 0,07%), conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 27. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) arrefeceu de 0,56% para 0,28% no período, com a principal contribuição do grupo Alimentação, que teve forte alívio, de 1,11% para 0,07%. Dentro do segmento, a FGV destaca a influência do item hortaliças e legumes, cuja a taxa passou de 13,56% para 3,16%.
Outras quatro classes de despesas desaceleraram entre janeiro e fevereiro. Com o fim dos efeitos dos reajustes típicos em cursos formais (3,59% para 2,05%), Educação, Leitura e Recreação desacelerou de 1,46% para 1,01%. Vestuário teve recuo maior (-0,28% para -0,56%) com a influência da redução de acessórios do vestuário (1,31% para -1,33%), enquanto em Habitação a queda mais forte (-0,17% para -0,21%) foi provocada por gás de bujão (2,04% para -1,19%). Além disso, pacotes de telefonia fixa e internet (1,04% para 0,00%) contribuíram para o declínio de Comunicação (0,26% para -0,05%).
Em contrapartida, três classes de despesas tiveram acréscimo nas taxas de variação: Transportes (0,92% para 1,16%) por influência de tarifa de ônibus urbano (1,03% para 1,25%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,40% para 0,51%), motivado por medicamentos em geral (-0,04% para 0,24%); e Despesas Diversas (0,17% para 0,20%) influenciado por serviço religioso e funerário (0,06% para 0,47%).
Principais influências
Entre as maiores influências individuais de baixa no IPC-M de fevereiro, segundo a FGV, estão, além de gás de botijão, tarifa de eletricidade residencial (mesmo com a redução da queda, de -2,19% para -1,74%), batata-inglesa (14,13% para -9,42%), sabão em pó (0,39% para -2,67%) e alcatra (1,96% para -2,90%).
Já entre as maiores influência individuais de alta estão, além de tarifa de ônibus urbano, gasolina (apesar da leve desaceleração de 2,16% para 2,10%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), etanol (2,57% para 3,60%) e tomate (mesmo com a taxa mais baixa, de 39,58% para 10,13%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a alta de 0,28% em janeiro para 0,14% em fevereiro, conforme divulgado na última sexta-feira (23). O alívio tem a influência do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, que arrefeceu de 0,59% para 0,32%, e também do grupo relativo à mão de obra, que registrou estabilidade depois de elevação de 0,03%.