Estadão

Prefeito de Angra dos Reis pede desligamento de usinas nucleares

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), pediu o desligamento das usinas nucleares instaladas no município enquanto as estradas da região estiverem interditadas em decorrência dos temporais."Já disse ao presidente da Eletronuclear que nós vamos pedir o desligamento das usinas nucleares", declarou o prefeito em vídeo postado em redes sociais.

Jordão informou já ter conversado sobre o assunto com a Procuradoria do Município e com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio."Pedi ao ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, o desligamento das usinas nucleares de Angra. Com as estradas fechadas por causa das chuvas, estamos ilhados! Em caso de necessidade, não teremos como colocar em prática o plano de emergência enquanto as principais vias de acesso ao município estiverem interditadas.", publicou Jordão, no início deste domingo, 3.

No sábado, 2, a Eletronuclear informou que as usinas nucleares Angra 1 e 2 operavam normalmente, com capacidade total, não tendo sido afetadas pelos temporais. Segundo a empresa, os pontos de interdição da Rodovia Rio-Santos estariam distantes da área de abrangência do Plano de Emergência Externo (PEE) da central nuclear. A companhia informou ainda que estava contribuindo com maquinário e pessoal para auxiliar na desobstrução das estradas.

As fortes chuvas dos últimos dias já deixaram pelo menos 16 mortos em diferentes regiões do Estado do Rio de Janeiro. Em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, foram confirmadas oito mortes, mas há relatos de mais sete moradores ainda desaparecidos. Em Paraty, também na Costa Verde, outras sete pessoas da mesma família morreram: uma mãe e seis filhos. Mais um homem morreu em Mesquita, na Baixada Fluminense.

A Polícia Rodoviária Federal alertou na manhã deste domingo, 3, que a Rodovia Rio-Santos, a BR-101, registrou nova queda de barreira provocada pelas chuvas e alertou que motoristas não trafeguem mais pela via até que a situação seja novamente controlada. A encosta é considerada instável em vários trechos, que estão sob risco de novos desabamentos. Uma queda de barreira destruiu o posto da PRF em Paraty.

"A orientação da PRF é de não acessar mais a rodovia para a segurança do usuário, o trecho só chegará perto de ser normalizado em alguns dias", alertou a Polícia Rodoviária Federal, em nota à imprensa. O trecho crítico se estende desde o município fluminense de Mangaratiba até Ubatuba, em São Paulo.

<b>Chuvas deixam ao menos 16 mortos no Rio de Janeiro</b>

A Rodovia Rio-Santos amanheceu neste domingo, 3, com diversos bloqueios provocados pelas chuvas, assim como a RJ-155 e a Estrada do Contorno. Na Rio-Santos, havia vários pontos de interdição parcial e total devido a deslizamentos e alagamentos. Antes do novo desabamento, o trânsito já estava totalmente impedido em pelo menos seis pontos, na altura dos municípios fluminenses de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty e de Ubatuba, em São Paulo.

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