A Prefeitura Regional de Pinheiros tem um plano para monitorar, ao longo do próximo ano, todas as 85 mil árvores que se estima existirem na região.
O objetivo, afirma o prefeito regional Paulo Mathias, é agilizar o atendimento dos pedidos de poda e remoção de árvores. Hoje, esses serviços são feitos de acordo com a ordem de chegada dos pedidos recebidos por telefone ou e-mail. Segundo Mathias, a ideia é poder decidir quem atender primeiro com base em critérios de prioridade.
“Vamos criar um sistema de gerenciamento da arborização de Pinheiros. Saber qual é a situação de cada uma, quantas vezes foi podada e qual é o seu estado de saúde. A ideia é evitar o retrabalho. Às vezes para o munícipe que nos liga a árvore está comprometida, mas no sistema vamos poder checar se está mesmo ou não e decidir se é uma questão de fato emergencial”, explicou Mathias ao Estado.
“Se virmos no sistema que uma árvore foi atendida há pouco tempo e estava tudo bem com ela e uma outra solicitação é de uma árvore que foi podada há mais tempo, vamos nessa primeiro”, afirmou Mathias.
Pela proposta, as árvores serão analisadas visualmente, uma a uma, por engenheiros agrônomos. Os dados serão cruzados com os de ofícios de serviços anteriores já realizados.
Mathias afirma que a expectativa é conseguir levantar todas essas informações entre “um ano e um ano e três meses”. Cerca de 200 árvores terão de ser analisadas diariamente para o cumprimento do prazo.
O mapeamento, segundo Mathias, será feito por cerca de 20 técnicos da prefeitura regional e funcionários de uma consultoria de arborização que está doando o serviço. E terá início no Jardim Paulista, no quadrilátero delimitado pelas Avenidas Paulista, Estados Unidos, Brigadeiro e Rebouças. “São as árvores mais antigas da região”, diz.
Satélite
O secretário do Verde e do Meio Ambiente, Gilberto Natalini, afirma que para superar a dificuldade de realização do monitoramento manual, planeja um sistema mais amplo para monitorar as 652 mil árvores que se estima existirem no viário da cidade (sem contar as que estão em parques). Um edital para um projeto piloto de monitoramento por satélite foi lançado no Fundo Municipal do Meio Ambiente.
“É um sistema capaz de delimitar uma área de 10m², até menos, e olhar por cima o que está acontecendo ali. Pela cor da copa dá para dizer se a árvore está doente”, disse Natalini. “E vamos monitorar não só árvores, mas áreas de risco e de ocupação de beira de represa”, explicou o secretário.
Natalini, porém, não disse quanto o sistema custaria e afirmou que o local de realização de testes ainda não foi definido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.