O secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, anunciou no início da noite desta quinta-feira, 4, que as obras para uma nova ciclovia, de cinco quilômetros de extensão, que passará pelas pistas que ficam embaixo do Minhocão, no centro da capital paulista, começam no dia 5 de janeiro. Na mesma data, serão iniciadas as obras da ciclovia na Avenida Paulista.
As novas faixas exclusivas para ciclistas vão interligar a Praça Roosevelt ao Memorial da América Latina e à estação Barra Funda da linha 3-vermelha do Metrô. Tatto afirmou que, para a implantação das ciclovias, o canteiro central do trajeto será estreitado.
De acordo com o secretário, o projeto será acompanhado de intervenções paisagísticas, com a implantação de jardins em todo o percurso. “O prefeito Fernando Haddad pediu ainda para que fosse instalada uma nova iluminação, de LED”, disse. Tatto explicou que tanto a nova ciclovia do centro quando a da Paulista deverão ficar prontas em três meses após o início das obras.
O trajeto do Minhocão terá interligações com outras duas ciclovias já existentes: no sentido Barra Funda, terá conexão com o trecho da Avenida Duque de Caxias. No sentido Consolação, terá entrada para a faixa da Rua Albuquerque Lins. As estações de metrô por onde a nova ciclovia irá passar – Santa Cecília, Marechal Deodoro e Barra Funda – deverão ganhar mais espaços de estacionamento para bicicletas, disse.
“Vão ser pelo menos três meses de obras para a conclusão da ciclovia com todo o projeto paisagístico. O prefeito quer realmente uma mudança geral naquela área”, disse o secretário, que anunciou as obras durante o encontro do Conselho Municipal de Mobilidade.
Durante a reunião, Tatto foi questionado sobre o aumento da passagem de ônibus, mas disse que o assunto só será discutido após a conclusão da auditoria das contas do sistema de transporte municipal. A análise está prevista para ser finalizada no próximo dia 10 de dezembro. “A partir do resultado do trabalho, nós vamos chamar toda a sociedade e definir o que será feito”, disse.
O secretário voltou a alfinetar quem continua criticando as faixas exclusivas de ônibus e utilizando carro. “Tem gente que gosta de ficar no trânsito, ouvindo música, fazer o quê? Então que fique. O espaço nas ruas tem de ser da maioria, e não dos carros.”