Inaugurado oficialmente pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), sem a presença do prefeito Sebastião Almeida (PT), o Corredor Metropolitano Guarulhos-São Paulo deveria iniciar as operações comerciais entre os terminais Taboão e Vila Galvão, passando pelo Cecap, neste sábado. Na quinta-feira, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) divulgou as linhas e novas tarifas com integrações a linhas municipais, que beneficiariam os passageiros guarulhenses a partir deste sábado.
Porém, desde o início da manhã, o Corredor foi bloqueado por cavaletes colocados pela Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT) ao longo de todo o trajeto, principalmente em frente aos pontos de parada. Nos terminais, forte presença de homens da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, para evitar maiores transtornos.
Até o momento, não há uma informação oficial sobre os motivos que levaram a STT a impedir o funcionamento do equipamento estadual. Em maio, a Prefeitura chegou a embargar a obra, sob a alegação de que a EMTU não havia cumprido o que determinava o projeto inicial. A empresa negou.
O GuarulhosWeb encaminhou às assessorias da EMTU e da Prefeitura de Guarulhos questionamentos em relação aos motivos que levaram a esse bloqueio do Corredor. Assim que houver resposta, elas serão publicadas neste mesmo espaço.
DISPUTA POLÍTICA
Em contato telefonônico com o diretor da STT, Henrique Bekis, ele explicou que o Corredor não pode funcionar porque a EMTU não entregou o equipamento à municipalidade. "E assim não pode funcionar". O diretor disse que ainda há problemas que não foram resolvidos pela empresa estadual, como alguns buracos ao longo da via, semáforos ainda sem funcionamento, além de uma ciclovia que termina na grama. "Não podemos deixar funcionar assim".
Bekis disse que, nesta semana, a STT teria apresentado a EMTU um relatório onde constavam todas as irregularidades, mas não sabia dizer quando elas seriam resolvidas. Sobre a feira que ainda funciona às quintas-feiras no Anel Viário, disse que isso não é um problema, já que o comércio sairá de lá logo que a EMTU entregar o equipamento à Prefeitura.
No final da conversa, o diretor da STT falou ao GuarulhosWeb que se quisesse mais detalhes sobre esse problema que procurasse o deputado estadual Alencar (PT), porque ele estaria cuidando pessoalmente deste assunto. Oficialmente, Alencar não tem relação alguma com a Prefeitura de Guarulhos e não poderia ser o porta-voz deste impasse. Em entrevista, o deputado chegou a dizer que um dos problemas do Corredor é que os ônibus da EMTU não poderiam operar já que não teriam portas do lado esquerdo. No entanto, o GuarulhosWeb constatou que os veículos que operam em linhas intermunicipais já têm há mais de um ano portas dos dois lados.