A Prefeitura renovou por mais um ano o contrato de concessão do serviço de ônibus em São Paulo com a exigência de que as empresas já troquem os cerca de 15 mil validadores de todos os veículos. Os equipamentos poderão fazer a recarga de bilhetes únicos com créditos pré-pagos pela internet e tirar fotos em alta definição de passageiros que utilizam gratuidades como forma de fiscalização. A São Paulo Transporte (SPTrans) também renovou o serviço por meio de contrato emergencial com os permissionários que operam o sistema de lotações, que também devem trocar os equipamentos.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, a nova licitação do transporte coletivo deve sair neste ano. “Estamos aguardando a auditoria. Mas ao mesmo tempo já estamos discutindo o edital para definir como vai ser o transporte coletivo em São Paulo.”
De acordo com Tatto, os novos validadores já serão usados no novo formato. “Isso (a exigência) é para ganhar tempo para não esperar a nova concessão. Colocamos a exigência de que eles (os empresários) terão que apresentar o contrato com os fornecedores desses validadores”, explicou Tatto.
Ainda segundo o secretário, a Prefeitura aceitará apenas validadores de empresas já homologadas pela SPTrans. “É um investimento de longo prazo. Foi um modelo que juridicamente nós encontramos de não perder tempo, avançar na implantação do sistema”, disse.
Novas funções
Os novos validadores terão outras funcionalidades como computador de bordo, GPS, biometria e coleta de dados sobre as linhas para a SPTrans definir mudanças e estratégias operacionais de acordo com a demanda. Tatto afirmou que ainda não foi definido quais serviços estarão funcionando ainda neste ano.
Segundo Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP-Urbanuss), cada validador custará entre R$ 5 mil e R$ 5.500. Ainda de acordo com ele, a instalação da nova tecnologia começa em outubro e deve ser concluída em janeiro.