Professores em greve na capital paulista terão o salário descontado, informou a Secretaria Municipal da Educação. A categoria iniciou uma paralisação após a decisão da Prefeitura de reabrir as escolas municipais. A volta às aulas na capital começou no dia 15 de fevereiro e as escolas só podem ter até 35% da capacidade.
Segundo a Secretaria Municipal da Educação (SME), 8% dos professores não estão participando das atividades presenciais. A média diária de faltas é de 5%. O Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal (Sinpeem) diz que a greve, "em defesa da saúde dos profissionais, alunos e famílias", está mantida.
"Essa postura só radicaliza mais a decisão de continuidade de greve", informou o presidente do Sinpeem, Cláudio Fonseca. Para ele, a Prefeitura "deveria se inclinar para as evidências de que estamos em situação de maior risco, organizar o trabalho remoto e a campanha de vacinação".
O retorno ocorre após quase um ano em que as escolas ficaram fechadas para aulas regulares. O secretário municipal, Fernando Padula, vem defendendo o retorno das escolas e já afirmou que os colégios devem ser os últimos a fechar e os primeiros a abrir, A volta é vista por especialistas em Educação como fundamental para manter o vínculo das crianças com a escola, garantir aprendizagem e reduzir as desigualdades.
Na rede estadual, a volta às aulas também ocorre com greve dos professores e o governo de São Paulo já anunciou que cortaria o salário de docentes que não vão às escolas. A Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual, contabiliza mais de mil infecções pelo coronavírus nas escolas – a Secretaria não informou nesta semana o número de casos registrados.
Os professores da rede pública estadual marcaram nesta sexta-feira, 26, uma caminhada no centro da capital paulista contra a volta às aulas presenciais. A concentração será a partir das 10 horas no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, de onde os professores seguirão até a Secretaria de Educação (Seduc).