As fortes chuvas têm provocado, com frequência, quedas de galhos e troncos de árvores na cidade de Guarulhos. No entanto, tais acontecimentos poderiam ser evitados, principalmente nos casos em que guarulhenses solicitam o serviço de poda ou remoção, mas aguardam por tempo indeterminado pelo atendimento. Desta forma, as chuvas não são as únicas responsáveis pelas quedas das árvores.
Desde março do ano passado, o supervisor de recursos humanos, Wanderlei Lopes Luiz Antônio, 44 anos, espera pela remoção de uma figueira, situada em frente à residência dele, na rua Urgandino Fanganiello, região da Ponte Grande. "Estou esperando o protocolo de solicitação completar um ano para levar um bolo de aniversário até o Fácil do Bom Clima".
Com mais de 20 anos de existência, a figueira já alcançou a rede de fiação e os galhos se aproximam cada vez mais de um transformador de energia elétrica. Além disso, a árvore causou rachaduras no muro da casa vizinha e levantou parte do concreto da calçada.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, toda poda e remoção de árvores no município de Guarulhos precisa de autorização prévia da Pasta, tanto para logradouros públicos quanto para propriedades particulares. Em logradouros públicos as podas e remoções são feitas pela Prefeitura, que possui três equipes especializadas, em propriedades particulares são emitidas autorizações. Os critérios que regulamentam a poda e remoção de árvores na cidade são estabelecidos pela Lei Municipal 4.566/94.
"Se eu procuro as vias legais, o problema parece que fica esquecido e que nada será resolvido, mas se eu mesmo começar a podar a árvore, serei multado por crime ambiental", comenta o supervisor de recursos humanos de forma indignada.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que nas próximas semanas uma avaliação será feita para remoção da figueira. A Pasta ainda admite que as quedas de outras árvores impediram que o serviço fosse realizado até o momento.