Após travar uma batalha pela limitação dos voos de Guarulhos para o aeroporto Santos Dumont, a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico, reconheceu que a revogação da medida, anunciada nesta quarta-feira (8), foi benéfica para a cidade.
“Foi uma decisão muito positiva do governo federal, em linha do que vinha defendendo tecnicamente a Prefeitura do Rio e as entidades representativas que se uniram nessa luta importante para a cidade, para o estado e para o país”, afirmou o secretário da pasta, Chicão Bulhões, em nota ao GWeb.
A portaria indicava que as rotas do aeroporto central do Rio ficariam restritas a um raio de até 400 quilômetros, limitando, dessa forma, as operações a Belo Horizonte, São Paulo (Congonhas) e Vitória. Entretanto, com a revogação, anunciada após pressão do prefeito Guti no TCU, Guarulhos poderá seguir com os voos diretos para Santos Dumont; medida que garantirá o emprego de mais de 5 mil trabalhadores guarulhenses.
À epoca, Guti e Eduardo Paes, prefeito do Rio, chegaram a trocar farpas, no entanto, a nota da Prefeitura do Rio, enviada ao GWeb, parece ter colocado panos quentes na disputa entre os dois políticos.
No dia 10 de agosto, quando a medida foi anunciada, o prefeito Guti reagiu dizendo que “não se pode matar uma vaca sadia para salvar uma doente”. O chefe do Executivo guarulhense pediu ainda uma reconsideração por parte do governo federal, além de solicitar ajuda de deputados e do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Paes, no entanto, utilizou suas redes sociais para ironizar as declarações do prefeito de Guarulhos, dizendo que “nenhum lugar precisa crescer com a desgraça alheia”.
“Para aqueles que não estavam entendendo os motivos de nossa briga pelo Galeão. Essa manifestação do prefeito da linda cidade de Guarulhos mostra bem o nível de sacanagem que estavam fazendo com o Rio”, disse.
Entretanto, a nova medida, anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, indica que o Santos Dumont não terá restrição de destino, mas deverá obedecer a um limite de até 6,5 milhões de passageiros por ano. A nova regra passa a valer em janeiro de 2024.
