A multinacional Cummins, instalada há 40 anos em Guarulhos e com três unidades na cidade, tem como uma de suas atividades mundiais a Conferência de Responsabilidade Corporativa Global, que teve sua última edição realizada nesta terça-feira em um hotel no Parque Cecap.
Executivos lotados nas variadas unidades da empresa espalhadas pelo mundo, como Chile, Argentina e, a matriz, nos Estados Unidos, estiveram na reunião, cujo encerramento foi o plantio de 200 árvores no gramado ao pé do viaduto, que liga a região de Cumbica ao Parque Cecap pela Avenida Monteiro Lobato.
"Nós sempre encerramos as conferências com alguma atividade social e como a prefeitura tem o Programa Ilhas Verdes, a Secretaria de Meio Ambiente nos procurou e propôs essa parceira", disse Luis Paquotto, vice-presidente da Cummins na América Latina. "Não é primeira vez que participamos do ‘Ilhas Verdes, pois fizemos o plantio de árvores no outro lado do viaduto, próximo a Base Aérea", continua. A parceria prevê que a empresa cuide da área onde plantou as árvores e faça sua manutenção. Além da Cummins, outras empresas, colégios e igrejas aderiram ao projeto.
Além de aderir ao combate à falta de vegetação nas áreas urbanas e às mudanças climáticas, Pasquotto acredita que participar desses projetos faz bem à vida do empregado dentro do ambiente de trabalho. "As pessoas voltam ao trabalho motivadas e a empresa precisa enxergar isso sempre", diz.
Projeto ‘Ilhas Verdes combate focos de calor
A ocupação maciça, muitas vezes desordenada, dos centros urbanos fez com que as cidades sofressem cada vez mais com a formação das chamadas ‘ilhas de calor. Em Guarulhos esse quadro não é diferente, mas a Secretaria do Meio Ambiente criou o "Programa Ilhas Verdes", cujo objetivo principal é combater os focos de calor no município.
Desde a criação do projeto, em 2008, foram plantadas cerca de 40 mil árvores na cidade, sempre em parceria com a iniciativa privada. "Além da Cummins, outras empresas, escolas, universidades e até igrejas participaram do programa", diz Fabio Roberto de Moraes Vieira, diretor da Secretaria do Meio Ambiente.
Para identificar os lugares onde o plantio será mais efetivo, a pasta usa informações obtidas através de imagens de satélites.
"A temperatura de Guarulhos está alta e faltam áreas verdes, principalmente nas regiões da Cidade Satélite, Central e Aeroporto, tratadas como prioritárias para a viabilização desses mini-bosques", concluiu Vieira.