Diante das fortes chuvas, que recentemente castigaram a cidade e causaram desmoronamentos e destruição de casas em várias localidades, principalmente em favelas, como aconteceu no Parque Mikail e na Vila São Rafael, a Prefeitura investiu apenas 2,85% do orçamento total destinado para o programa de urbanização de favelas e ocupações, previtos para este ano.
Do total orçado de R$ 3,8 milhões disponíveis para este fim, apenas R$ 109.422,35 foram utilizados, segundo informações postadas no Portal da Transparência do municípío.
O Guarulhos Hoje mostrou em reportagem publicada na edição de ontem, o drama de moradores da comunidade São Rafael que aguardam ação do Executivo desde que tiveram suas casas desapropriadas por conta dos estragos causados pelas chuvas.
As secretarias de Obras e Habitação afirmaram que as obras na favela devem iniciar em abril, postergando o prazo antes previsto para fevereiro e com término estimado em 2012.
Até o momento, dos R$ 3,8 milhões previstos, foi aplicado R$ 1,35 milhão em contratações de serviços de empresas como a Bandeirante Energia, Centro de Integração Empresa Escola (Ciee), Embratel, Saae, Telesp, serviços da Secretaria do Meio Ambiente e locações de veículos no valor de até R$ 327 mil.
Viário teve R$ 6,8 mi aplicados dos R$ 116 milões previstos
A ampliação e modernização do sistema viário urbano, que possui orçamento de R$ 116 milhões, teve apenas R$ 6,8 milhões aplicados até hoje, assim como o mesmo programa destinado ao sistema de drenagem urbana, com orçamento previsto de R$ 11,9 milhões e somente R$ 50,4 mil efetivamente executados.
Mais um programa com execução praticamente nula até agora é a implantação, ampliação e reforma de unidades municipais culturais. Dos R$ 7,4 milhões orçados, R$ 2,35 milhões já foram contratados, porém, módicos R$ 114,89 foram executados. Assim como a promoção da educação ambiental, que dispõe de um orçamento de R$ 340.500, tendo aplicado somente R$ 373,56 junto à Secretaria de Assistência Social e Cidadania, ou seja, 0,1% de aplicação do orçado.
A falha na comunicação foi apontada pelos passageiros como principal problema na confusa implantação do Bilhete Único e do novo sistema de transporte público em Guarulhos. E, justamente, o item que define o programa de comunicação de utilidade pública da área de Transporte e Trânsito, conta com apenas 4% do investimento total previsto executado até o momento. Dos R$ 5,02 mi orçados, somente R$ 227 mil foram investidos. Em contrapartida, a comunicação de utilidade pública da área de Saúde investiu 13,6% do orçamento previsto de R$ 137 mil, ou seja, R$ 18 mil.
Outro programa relacionado ao transporte, a implantação da nova rede de transportes, tem um orçamento de R$ 4,8 milhões, sendo que R$ 3,1 milhões já estão contratados, porém sem nenhum real investido em obras já executadas.