Um público de 25 mulheres participou nesta segunda-feira (4) da palestra Guarulhos Acolhendo e Protegendo – Falando sobre Violência Doméstica no Centro de Referência de Direitos Humanos instalado no Centro de Integração da Cidadania (CIC) Pimentas. A ação da Prefeitura faz parte da programação da campanha “16 + 5 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, coordenada pela Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, integrante da Secretaria de Direitos Humanos.
O trabalho desenvolvido pela pasta foi destacado pela subsecretária Verinha Souza. “Esse trabalho de sensibilização e informação sobre as questões de violência doméstica é essencial e transformador no dia a dia das mulheres. Muitas vezes elas estão em uma situação de violência e não conseguem identificar esse estado, por isso é preciso que todas tenham consciência desse processo”, afirmou a gestora.
Para a palestrante, a assistente social da pasta, Fabiana Chimirri, o ativismo praticado pela subsecretaria nessa mobilização mundial pelo fim da violência contra a mulher é uma importante forma de prevenção e eliminação de todas as maneiras de violência de gênero. “A violência doméstica é só mais um tipo entre as inúmeras que sofremos. Precisamos fazer com que as mulheres entendam que um ato de agressão não é apenas um tipo de comportamento grosseiro ou inadequado, mas uma violência e elas podem procurar ajuda, orientação e denunciar. Esse trabalho não pode parar e enquanto o direito de uma mulher for violado seguiremos na luta”, disse Chimirri.
Os vários tipos de violência praticados contra a mulher (obstétrica, assédios sexual e moral no trabalho, no transporte público, doméstica e política), as formas de violência doméstica e familiar, a Lei Maria da Penha e outras legislações, onde denunciar e serviços de apoio fizeram parte dos tópicos abordados.
Casada pela terceira vez, a cuidadora de idosos Márcia Alves Gomes, de 56 anos, acredita que muitas mulheres sofrem caladas violência em casa. “Elas não se abrem por medo e ameaça dos homens. Há homens que não batem, mas xingam e fazem tortura mental. Esse assunto tem que ser falado bastante para que elas tenham coragem de mudar”, afirmou Márcia, que é mãe de cinco filhos e nunca sofreu violência no casamento.
A campanha prossegue até o dia 10 de dezembro, o Dia Mundial dos Direitos Humanos, com atividades em diversos bairros como rodas de conversa, palestras e a distribuição do laço branco – um movimento em que os homens assumem o compromisso de não cometer e nem permitir a violência contra a mulher.