A Proguaru, empresa de economia mista de Guarulhos, acumula dívidas e prejuízos que inviabilizam sua autossustentação. É o que mostra a análise dos balanços patrimoniais da empresa, que deve ter sua extinção analisada pela Câmara Municipal nos próximos dias.
Quando o prefeito Guti assumiu a Prefeitura em 2017, a empresa estava impedida de prestar serviços à municipalidade e receber, porque não dispunha da Certidão Negativa de Débitos (CND), documento exigido para prestar serviços públicos. A gestão demorou quase um ano para realizar as negociações necessárias junto a fornecedores, além de quitação de débitos, para limpar o nome.
A Secretaria Municipal da Fazenda está propondo a extinção da companhia e o próprio Conselho Administrativo da Proguaru, ciente da situação da empresa, aprovou por unanimidade o processo de fechamento, que deverá ser concluído até o final de 2021, incluindo um programa de demissão voluntária (PDV) para os trabalhadores, nos moldes que a Prefeitura realizou no Saae, a partir de 2018.
Segundo o GuarulhosWeb apurou, entre 2013 e 2019, houve um crescimento dos prejuízos acumulados. Em 2013, o prejuízo foi de R$ 97,5 milhões, passando para R$ 110 milhões em 2014, R$ 117 milhões em 2015 e R$ 181 milhões em 2016, todos na gestão anterior. Em 2017, caiu para R$ 163 milhões, mas voltou a subir em 2018 para R$ 210 milhões e para R$ 2014 milhões em 2019.
Seu fechamento, portanto, seria necessário para evitar que a Proguaru entre em um processo falimentar, o que deixaria fornecedores e funcionários sem qualquer garantia de recebimento de seus créditos.