A demolição de três residências no loteamento Campo da Paz, em uma ação de desocupação promovida pela Prefeitura na última semana, pode ter ocorrido por um erro técnico por parte da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SDU). A vice-presidente da Associação Unidos pela Terra, Maria Aparecida de Oliveira, garante que recebeu a informação de integrantes da própria Prefeitura.
Leia aqui a matéria que o HOJE publicou no dia 19 sobre a desapropriação
A demolição das casas foi coordenada pela Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, que a retirada de 27 casas, mas a ação foi suspensa após resistência dos moradores. Um homem teve os pulsos cortados, crianças choravam após serem atingidas com spray de pimenta disparado pela Guarda Civil Municipal (GCM) e uma mulher desmaiou.
A alegação da SDU era de que as residências construídas ocupavam espaços entre dois lotes, o que é irregular. Segundo Maria, o mapa utilizado pela SDU é diferente do elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação que serviu como base para a construção das residências. Hoje, técnicos da SDU e Habitação irão ao local para verificarem de onde partiu o erro. "Não podemos ficar tranquilos porque houve um crime. Aconteceu descaso e covardia. Essa situação não pode se repetir", diz.
O Campo da Paz possui 240 lotes que foram comprados de um particular e foi vendido à associação que possui 106 sócios. A área precisa da desapropriação de um terreno próximo dali e a Prefeitura, por recomendação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE) não pode permitir a construção de residências sem a aprovação do loteamento.
Procurada, a Prefeitura de Guarulhos não se pronunciou até a conclusão desta edição.