Cidades

Prefeitura promove ação sobre saúde da mulher em instituição de acolhimento para dependentes químicas

A Prefeitura de Guarulhos realizou uma ação de conscientização sobre a saúde da mulher nesta quinta-feira (24) em um centro de tratamento de dependência química, o Instituto Remar. Na oportunidade, uma equipe multidisciplinar da UBS Jardim Vila Galvão ministrou uma palestra orientativa sobre assuntos que contemplam o universo feminino.

Dentre os temas abordados estavam o combate à tuberculose, às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e ao câncer do colo do útero e de mama. “A tuberculose tem cura, tem tratamento, e o exame está disponível pela rede pública de saúde. Então, precisamos cada vez mais levar à população informações sobre essa doença”, ressaltou a enfermeira Renata Luiza Cruz.

No que se refere às ISTs, a PrEP (profilaxia pré-exposição) é uma combinação de medicamentos que visam à prevenção à infecção pelo HIV. O método prevê o uso diário de um comprimido para evitar que o vírus se estabeleça e se espalhe pelo corpo. “A PrEP é recomendada para pessoas que estão sempre expostas a riscos, como profissionais do sexo ou casais em que um tem HIV e o outro não”, explicou Renata.

Já a PEP (profilaxia pós-exposição ao HIV) é uma medida de prevenção de urgência ao HIV que pode ser administrada em até 72 horas após a exposição para evitar a infecção pelo vírus. “Disponível nos hospitais e unidades de pronto-atendimento, essa medicação é usada em casos de violência sexual ou mesmo numa relação consentida em que houve algum acidente com a camisinha, por exemplo. Nós, da área da saúde, também podemos usá-la quando ocorre algum acidente biológico, como perfuração com uma agulha infectada ou contato direto com um material contaminado”, disse a enfermeira.

Residente do Remar, Taisa Villas salientou a necessidade do diálogo e da troca de experiências e instruções na luta contra as ISTs. “Eu contraí sífilis e tive a sorte de ter uma mãe que era da área da saúde, então foi por isso que eu descobri a doença, mas e as pessoas que não têm?”, questionou. “Uma palestra como essa é muito importante porque muitas mulheres chegam aqui com HIV ou sífilis justamente porque não têm acesso à informação. Eu perdi muitos amigos e pessoas próximas por não terem orientações. É essencial sabermos que essas doenças podem, sim, ser evitadas e tratadas, prevenindo o transtorno de uma vida inteira. Eu não tenho vergonha de falar, essa é uma forma de encorajar outras mulheres a procurarem ajuda”, concluiu.

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