Como parte da programação do mês da mulher, a Subsecretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) de Guarulhos promoveu, nesta quinta-feira (23), a palestra Violência Doméstica para uma plateia majoritariamente feminina de cerca de 50 pessoas assistidas pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Acácio na EPG Edson Alves da Costa, no Jardim Acácio.
Ao longo deste mês, a subsecretaria, integrante da Secretaria de Direitos Humanos, realiza 25 palestras gratuitas sobre temas relacionados às mulheres, como relacionamento abusivo, desafio de ser mãe solo e empreendedorismo feminino em empresas, nas Casas e Espaços da Mulher Clara Maria e em equipamentos públicos. A agenda completa pode ser consultada no link https://bit.ly/MulheresAgenda.
A subsecretária de Políticas para as Mulheres, Verinha Souza, destacou a importância das palestras. “São ações que levam informação e empoderamento às nossas munícipes”, disse.
Ministrada por Fabiana Chimirri, assistente social da subsecretaria, a apresentação desta quinta-feira abordou os tipos de violência, o ciclo da violência e como rompê-lo, a Lei Maria da Penha e como denunciar, a rede de proteção existente no município, como a Casa das Rosas, Margaridas e Betes (Centro de Referência em Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica), os Espaços e Casas da Mulher Clara Maria, a Patrulha Maria da Penha da GCM e as Delegacias de Defesa da Mulher.
“É necessário usarmos todos os espaços para falar à população sobre a violência doméstica com o objetivo de provocar reflexões e mostrar que existe uma rede de apoio e proteção às mulheres em situação de violência no município. Muitas delas não procuram auxílio por desconhecimento dessa rede. O Brasil é o 5º país em que mais se mata mulheres no mundo e no qual a cada duas horas uma mulher é assassinada”, disse Fabiana.
Mãe de cinco filhos, Eurides Aparecida de Oliveira, de 29 anos, participou do evento. “É bom saber de tudo isso. Assim a mulher fica prevenida e sabe o que fazer se passar por uma situação de violência em casa”, afirmou a moradora do Novo Recreio.
Por sua vez, Jacqueline da Paz Santos, de 36 anos e mãe de cinco filhos, vivia em um relacionamento abusivo e mudou para a casa da mãe há dois meses. “Estou casada faz seis anos e fui para a minha mãe porque meu marido me humilhava com palavras e eu ficava em casa sofrendo. Não procurei ajuda porque não sabia onde e ainda não sei como lidar com isso”, revelou a manicure, que está sem trabalho desde que o caçula de um ano e dois meses nasceu.