Na manhã desta terça-feira (11) uma turma de 60 pessoas de todas as idades, incluindo cidadãos com deficiência e seus acompanhantes, participou da oficina Conhecendo os Animais do Zoológico, promovida pela Prefeitura de Guarulhos. A atividade, que marcou a celebração do Dia das Crianças, possibilitou ao grupo conhecer os animais nos próprios recintos e seus hábitos em companhia de biólogos, veterinários e estagiários, e ainda participar de atividade sensorial e tátil com animais taxidermizados (empalhados) e com esqueletos.
“É a segunda vez que realizamos este evento, que fizemos no ano passado. As vagas foram preenchidas no mesmo dia em que abrimos as inscrições. Além de ser um sucesso entre todos os que participam, é uma ação muito importante para a socialização e para que tenham acesso aos espaços públicos. O zoológico é para todos”, comentou o subsecretário de Acessibilidade e Inclusão, Gilberto Penido, que esteve presente à oficina.
Tutora de um passarinho chamado Nina, Maria Eduarda Bertoni Reimann, de 12 anos, já tinha ido ao zoológico com a família e aprovou a atividade. “Achei muito legal hoje porque tem mais gente. Gostei de ver a arara porque ela tem bico grande e gosto também do leão”, contou a jovem que tem síndrome de Williams, uma condição genética rara.
O servidor público Eduardo Próspero é deficiente visual desde os dez anos em razão da mucopolissacaridose, doença que foi diagnosticada aos cinco anos, mas que pode ser detectada em recém-nascidos pelo teste do pezinho. Foi sua primeira visita ao Zoológico de Guarulhos. “Não vim aqui antes por falta de oportunidade. Gostei muito do urubu-rei, que é a maior espécie de urubu no Brasil e a mais imponente”, disse o assistente de gestão da Prefeitura, de 32 anos, morador do Gopoúva.
De acordo com o biólogo Rodrigo Ono, o zoo municipal tem cerca de 400 animais de cem espécies diferentes em exposição atualmente e um de seus pilares é a promoção da educação ambiental. “Precisamos atender todo tipo de público e tornar o zoológico acessível e inclusivo. Desta forma podemos trabalhar com os sentidos para passar conhecimento e possibilitar uma experiência que crie conexões com os animais”, disse Ono.
A iniciativa foi coordenada pela Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão, integrante da Secretaria de Direitos Humanos.