Nesta terça-feira (31) a Secretaria da Saúde de Guarulhos realizou o primeiro workshop em parceria com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), intitulado “Atualização das diretrizes brasileiras de hipertensão para a prática clínica”. O evento, que reuniu 105 profissionais e estudantes da área da saúde de Guarulhos, ocorreu no Centro Universitário Eniac.
A programação contou com palestras de Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da unidade de Hipertensão Arterial do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e da enfermeira Grazia Maria Guerra, diretora do departamento de Enfermagem da SBH. Durante o período da manhã ambos discorreram sobre os temas fisiopatologia da hipertensão, epidemiologia da hipertensão, medidas da pressão arterial para o diagnóstico, avaliação clínica e complementar e estratificação do risco cardiovascular.
Já no período da tarde, Frida Plavnik, nefrologista e diretora científica da SBH, Lis Proença, nutricionista docente do Centro Universitário Senac, e Regina Queiroz Machtura, farmacêutica clínica e hospitalar do Hospital 24 horas do Incor, discorreram sobre decisão de tratamento e metas terapêuticas, tratamento não farmacológico com ênfase na dieta, adesão ao tratamento e tratamento farmacológico: fluxograma e indicações específicas.
De acordo com a coordenadora da Rede de Doenças Crônicas da Secretaria da Saúde, Lígia Ortolani dos Santos, o objetivo do workshop foi aprimorar a capacitação dos profissionais da saúde, visando à prestação de atendimento de melhor qualidade e mais eficiência no tratamento aos pacientes hipertensos do município.
Hipertensão arterial
Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial sistêmica é considerada o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Quando não controlada, pode resultar em complicações graves como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e acidente vascular cerebral, contribuindo significativamente para a redução da expectativa de vida saudável da população.
De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, de 2010 a 2020 foram registradas 551.262 mortes devido a doenças hipertensivas, sendo 292.339 mulheres e 258.871 homens. Além disso, segundo informações do Ministério da Saúde, o diagnóstico médico de hipertensão em adultos no Brasil aumentou em 3,7% nos últimos 15 anos, passando de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021. O relatório também ressalta um aumento da prevalência do indicador entre homens, com um aumento de 5,9%.
