Cidades

Prefeitura quer implantar Centro de Educação Unificado em área que foi invadida no Lavras

Anúncio foi feito nesta quinta pelo secretário de Educação, Moacir de Souza, durante audiência do orçamento

Prefeitura pretende construir o CEU (Centro de Educação Unificado) São João em área invadida no Lavras, segundo afirmou o secretário municipal de Educação, Moacir de Souza, nesta quinta-feira, durante audiência na Câmara. O terreno está sendo ocupado desde sábado por cerca de três mil famílias, que já foram retiradas do local na terça-feira de manhã, mas retornaram com a invasão sem previsão de deixarem o lugar.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, parte do terreno, que é particular, será desocupado para a construção do CEU São João. "A unidade que será construída em uma área de 10 mil metros quadrados não atenderá apenas o bairro Jardim São João, mas outras regiões como Fortaleza, Jardim Lenize e Cidade Soberana", comenta o secretário.

O terreno situado na estrada dos Lavras, nas imediações das ruas Disney e Anísio de Abreu, continua sendo ocupado por invasores que estão firmes na decisão de manter os lotes demarcados. "Estamos com um esquema de revezamento para não abandonarmos a área", comenta o porta-voz da população invasora do terreno, Eduardo, que preferiu não se identificar com o sobrenome.

A gari Cleonice Santos, 38 anos, moradora do Lavras, garantiu um lote de cinco metros quadrados, porque está cansada de esperar uma solução do governo. "Estou há sete anos cadastrada no programa Minha Casa, Minha Vida e ainda não fui contemplada. Resido em uma rua que sempre enche quando chove, por isso apoio o movimento de invasão, já que a prefeitura não me oferece outra opção".

A Secretaria de Assuntos Jurídicos esclarece que a invasão trata-se de parcelamento de solo clandestino e a ação da prefeitura se dá em razão da inércia do proprietário, a quem cabe zelar pela área. A operação da prefeitura combate e evita o loteamento clandestino.

A pasta informa que não há nenhuma família residindo no local, apenas demarcação de lotes. Desta forma, não se pode falar em cadastramento de famílias. Essas pessoas residem em outros locais e devem permanecer em suas moradias. A prefeitura tomará todas as medidas para responsabilizar o proprietário.

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