Estadão

Prejuízo do ataque hacker contra JBS se estendeu à indústria de alimentos dos EUA

O ataque cibernético aos sistemas das fábricas norte-americanas da JBS, ocorrido em um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos, o Memorial Day, agitou a indústria de alimentos do país, de fazendas de suínos em Iowa a fábricas de processamento em pequenas cidades e restaurantes em Nova York. O ciberataque desencadeou um efeito dominó no setor, fazendo com que os preços da carne no atacado ficassem mais caros, além de obrigar os distribuidores de alimentos a encontrar rapidamente novos fornecedores.

O ataque foi o mais recente confronto entre cibercriminosos e empresas essenciais para o funcionamento da economia dos EUA. A ação pode ser considerada uma nova interrupção para a indústria de alimentos do país, depois que a pandemia da covid-19 forçou grandes períodos de paralisações de fábricas.

Após identificar o ataque, a JBS alertou as autoridades dos EUA e definiu três objetivos para sanar os danos: determinar quais operações poderiam ser executadas offline; reiniciar sistemas usando dados de backup, e recorrer a especialistas para lidar com as negociações com os invasores.

Naquela tarde, a empresa concluiu que os backups criptografados de seus dados estavam intactos, apontou o CEO da JBS norte-americana, Andre Nogueira.

Os funcionários da JBS, oficiais do FBI e especialistas em segurança cibernética estiveram na sede da JBS nos Estados Unidos em Greeley, Colorado, no dia do ocorrido, e trabalharam para colocar os sistemas online novamente.

Eles deram prioridade à plataforma de embarque da JBS, permitindo que a empresa voltasse a movimentar a carne para os clientes.

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