O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, classificou a situação na Ucrânia como "grave" e ofereceu a ajuda de Pequim para desempenhar um "papel positivo" para a paz, enquanto continua a se recusar a criticar a Rússia. Os chineses têm evitado chamar o conflito de guerra ou invasão.
A China se ofereceu para servir como facilitadora das negociações entre os lados, embora tenha pouca experiência nesse papel e provavelmente não seja vista como uma parte neutra. "Apoiamos e encorajamos todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica da crise", disse Li a repórteres em uma entrevista coletiva anual. "A tarefa urgente agora é evitar que a tensão aumente ou até saia do controle."
Pequim informou nesta semana que está enviando ajuda humanitária, incluindo alimentos e necessidades diárias, no valor de US$ 791 mil para a Ucrânia, enquanto continua se opondo a sanções contra a Rússia pela invasão e prometendo manter o comércio e a cooperação econômica com Moscou.
Li, líder número 2 da China, atrás de Xi Jinping, e principal responsável por supervisionar a segunda maior economia do mundo, afirmou que a China ainda se opõe às sanções porque elas "prejudicariam a recuperação econômica mundial". "Não é do interesse de ninguém. A China está pronta para fazer seus próprios esforços construtivos para manter a paz e a estabilidade mundiais e promover o desenvolvimento e a prosperidade."
O premiê também repetiu a afirmação de que a China segue uma "política externa independente de paz" e "mantém que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas". "Os propósitos e princípios da Carta da ONU devem ser observados e as preocupações legítimas de segurança de todos os países devem ser levadas a sério", declarou Li. Fonte: Associated Press.