O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, foi cobrado nesta segunda-feira por legisladores da oposição por causa de um escândalo de venda de terras públicas para uma escola ligada à mulher dele. O índice de aprovação do gabinete dele, além disso, bateu a mínima.
Congressistas da oposição reafirmaram que a mulher de Abe e graduadas autoridades envolvidas na venda da propriedade devem ser convocadas a testemunhar no Parlamento. Abe nega qualquer irregularidade.
Circulando há cerca de um ano, o escândalo voltou ao radar na semana passada, após funcionários do Ministério das Finanças terem reconhecido alterações em documentos do acordo, inclusive deletando referências à primeira-dama, Akie Abe, após uma reportagem de jornal do início de março. O caso da mudança nos dados está sob investigação criminal de promotores no país.
Nesta segunda-feira, o deputado Tetsuro Fukuyama, do Partido Democrático Constitucional, acusou Abe de trair o Parlamento há quase um ano. “A atitude do governo Abe está totalmente em questão”, afirmou o legislador oposicionista.
Enquanto isso, quatro pesquisas da imprensa divulgadas nesta segunda-feira mostraram que o nível de aprovação ao gabinete caiu a 30%, no patamar mais baixo desde a posse de Abe, em 2012. Milhares de manifestantes têm protestado quase diariamente pedindo a saída do premiê.
O escândalo é relativo à venda de terras estatais em 2016 para a operadora de escolas Moritomo Gakuen em Osaka por um sétimo do valor estimado, com o suposto envolvimento de Akie Abe. A primeira-dama disse que ela e o marido apoiavam a filosofia de educação ultranacionalista da escola.
Nesta segunda-feira, Abe afirmou que sua mulher se afastará de todas as suas posições honorárias. Ela também foi criticada por aparecer em eventos públicos, enquanto o premiê recusava-se a deixá-la testemunhar no Parlamento. Fonte: Associated Press.