Uma reunião por videoconferência entre os acionistas da Premier League, a liga que organiza o Campeonato Inglês, e representantes dos 20 clubes nesta sexta-feira definiu o que já era esperado há alguns dias. Por meio de um comunicado oficial, a entidade anunciou que não tem qualquer data prevista para o retorno dos jogos por conta da pandemia do novo coronavírus. A previsão anterior era o início de maio, mas agora a sua volta só irá acontecer quando for seguro e apropriado para atletas, comissões técnicas e torcedores.
De acordo com a nota oficial, existe um objetivo combinado de todos os jogos do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra remanescentes serem disputados, o que permitiria manter a integridade de cada competição. No entanto, qualquer partida só será jogada com total apoio do governo britânico e liberação das autoridades médicas. O futebol no país está paralisado desde o último dia 9.
"Foi reconhecido que a Premier League não será retomada no início de maio e que a temporada 2019/2020 retornará apenas quando for seguro e apropriado fazê-lo. A data de reinício está sob constante revisão com todas as partes interessadas, à medida que o impacto da pandemia do COVID-19 se desenvolve e trabalhamos juntos nesse período muito desafiador", informou o comunicado oficial.
"A Premier League está trabalhando em estreita colaboração com todo o futebol profissional deste país, bem como com o governo, órgãos públicos e outras partes interessadas relevantes para garantir que o jogo alcance uma solução colaborativa. Com isso, existe um objetivo combinado de todos os jogos da liga e da copa remanescentes a serem disputados, o que nos permite manter a integridade de cada competição", prosseguiu a entidade.
Além disso, a Premier League anunciou que, em consulta com o Departamento de Digital, Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido, doará 20 milhões de libras (cerca de R$ 130 milhões) para apoiar o NHS (serviço de saúde britânico), comunidades, famílias e grupos vulneráveis durante a pandemia da covid-19.
SALÁRIOS – A reunião desta sexta-feira discutiu também um assunto polêmico. Os 20 clubes decidiram que vão propor aos jogadores um corte salarial de 30% – depois de os atletas serem criticados por políticos do Reino Unido. A liga confirmou a tentativa de acordo coletivo.
O objetivo da redução dos vencimentos dos atletas é proteger os empregos de funcionários de outras áreas dos clubes. As negociações com o sindicato dos jogadores profissionais da Grã-Bretanha ainda estão em andamento.