A direção da Premier League, liga que organiza o Campeonato Inglês, aprovou nesta terça-feira a compra do Chelsea pelo consórcio liderado pelo empresário americano Todd Boehly. A negociação havia sido concretizada no dia 6 de maio e ainda precisa ser referendada pelo governo britânico.
"O Conselho da Premier League aprovou hoje a proposta de compra do Chelsea Football Club pelo consórcio formado por Todd Boehly e Clearlake", anunciou a entidade. O clube aguarda agora a confirmação da licença, a ser concedida pelo governo, para finalizar as últimas etapas da transação.
De acordo com o conselho de administração da liga, a proposta de compra do clube londrino foi aprovada pelos diretores após ser submetida ao processo de due diligence, processo pelo qual a entidade analisa e investiga todos os dados e informações relacionados aos compradores.
As negociações totalizaram um acordo de 4,25 bilhões de libras, algo equivalente a R$ 26,6 bilhões. A proposta contou com o apoio financeiro da Clearlake Capital. Mark Walter, presidente da franquia de beisebol, e o empresário suíço Hansjörg Wyss também estão envolvidos no negócio.
"Do investimento total feito, 2,5 bilhões de libras serão aplicadas para comprar as ações do clube. Esses recursos serão depositados em uma conta bancária congelada no Reino Unido com a intenção de doar 100% para causas de caridade, conforme confirmado por Roman Abramovich. A aprovação do governo britânico será necessária para que os recursos sejam transferidos da conta bancária congelada do Reino Unido", escreveu o Chelsea, em nota.
Os demais valores (1,75 bilhão de libras) serão usados para investimentos no Chelsea, nas categorias de base, no estádio Stamford Bridge e no time feminino. Além disso, parte do dinheiro deve ser destinado ao financiamento da Fundação Chelsea. O atual campeão europeu prevê que a venda seja concretizada até o fim do mês.
O clube inglês pertencia ao oligarca russo Roman Abramovich, que está na mira do governo britânico para sofrer sanções por conta das suas ligações com o presidente Vladimir Putin. Abramovich decidiu vender o clube assim que as tropas russas invadiram a Ucrânia, no fim de fevereiro.