Os bens de capital ficaram 1,19% mais caros na porta de fábrica em novembro, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui a indústria extrativa e de transformação, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ocorre após os preços terem subido 1,85% em outubro. Os bens intermediários registraram avanço de 1,40% nos preços em novembro, ante um aumento de 3,03% em outubro.
Já os preços dos bens de consumo subiram 1,18% em novembro, depois de uma alta de 1,04% em outubro. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram elevação de 0,64% em novembro, ante alta de 1,36% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis subiram 1,29% em novembro, após a elevação de 0,98% registrada em outubro.
A alta de 1,31% do IPP em novembro teve contribuição de 0,08 ponto porcentual de bens de capital; 0,82 ponto porcentual de bens intermediários; e 0,41 ponto porcentual de bens de consumo, sendo 0,37 ponto porcentual de bens de consumo semi e não duráveis e 0,04 ponto porcentual de bens de consumo duráveis.
<b>Atividades</b>
A alta de 1,31% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em novembro foi decorrente de avanços em 17 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do IPP divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira.
No mês de novembro, as quatro maiores elevações de preços ocorreram nas atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (6,63%), outros produtos químicos (4,90%), bebidas (2,52%) e produtos de metal (2,30%).
As maiores contribuições para a inflação da indústria no mês foram de refino de petróleo e produtos de álcool (0,71 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,47 ponto porcentual) e produtos de metal (0,07 ponto porcentual).
Segundo Manuel Campos Souza Neto, gerente do IPP no IBGE, os setores com maior impacto no IPP de novembro sofreram influência do comércio internacional. "O setor de petróleo é afetado pela redução da oferta do óleo bruto de petróleo, com elevação de preços em todo o mundo. O combustível não tem apresentado altas só no Brasil. Vários países têm sofrido aumentos até maiores. Já o setor químico sofre muito a influência dos custos dos insumos, especialmente a parte de adubos, que tem tido aumento de preços internacionais", explicou o pesquisador, em nota divulgada pelo IBGE.
Em novembro, a queda de preços mais aguda foi a das indústrias extrativas (-5,21%), o equivalente a uma contribuição de -0,31 ponto porcentual para o IPP. Souza Neto lembra que houve redução nos preços do minério de ferro, influenciado pela retração da demanda da China.