A presença militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico não é uma ameaça, mas uma “oportunidade”, afirmou neste domingo, 12, um comandante do alto escalão da Guarda Revolucionária Iraniana. “Um porta-aviões que tem ao menos 50 aviões e 6 mil soldados reunidos era uma séria ameaça para nós no passado, mas agora é uma oportunidade”, disse Amirali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária.
O comandante afirmou em entrevista à agência de notícias estatal iraniana Isna que, “se os americanos fizerem algum movimento, os atingiremos na cabeça”. O comandante da Guarda, o major-general Hossein Salami, disse em uma sessão parlamentar ontem que os EUA iniciaram uma guerra psicológica na região.
O Pentágono enviou na sexta-feira uma bateria de mísseis Patriot e um navio da Marinha dos EUA para o Golfo Pérsico. O USS Arlington e os mísseis se juntaram ao grupo de ataque do USS Abraham Lincoln, porta-aviões nuclear americano da classe Nimitz, e a uma força-tarefa de bombardeiros B-52, que foram destacados no início da semana passada para a região.
O USS Arlington, que transporta fuzileiros navais, veículos anfíbios, navios de desembarque e helicópteros, deve chegar em breve à região. O sistema de mísseis Patriot, fabricado pela Raytheon, pode derrubar mísseis balísticos táticos, mísseis de cruzeiro, drones e aviões.
Ainda neste domingo, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse no Twitter que o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, havia feito planos para os EUA se retirarem do acordo nuclear de 2015 e adotar uma posição mais agressiva em relação ao Irã antes mesmo de assumir seu atual cargo.
Zarif publicou no Twitter um link para um artigo escrito por Bolton e publicado pela revista National Review em 2017 com o título Como Sair do Acordo Nuclear Iraniano. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.