Estadão

Presidente austríaco deve ganhar 2º mandato já no primeiro turno, neste domingo

O presidente liberal da Áustria está, segundo projeções, a caminho de conquistar um segundo mandato de seis anos neste domingo. Se o resultado se confirmar, ele evitaria um segundo turno após uma campanha na qual ele se colocou como uma opção estável em tempos incertos. As projeções feitas para a televisão pública <i>ORF</i> e a Agência de Imprensa da Áustria indicam o presidente Alexander Van der Bellen com mais 55% dos votos. Bem mais da metade dos votos já estavam contados.

O rival mais próximo de Van der Bellen, o candidato de extrema direita do Partido da Liberdade, Walter Rosenkranz, deveria, segundo a pesquisa, obter cerca de 18% de apoio.

Havia sete candidatos na eleição deste domingo, mas Van der Bellen tinha o apoio implícito ou explícito dos principais partidos da Áustria.

Van der Bellen disse que, com as pesquisas pré-eleitorais dando a ele uma grande vantagem, ele temia que as pessoas não fossem votar.

"Nunca tivemos sete candidatos em uma eleição presidencial antes, e acho que nunca – pelo menos não consigo pensar em um exemplo – tivemos um ambiente em que as pessoas estão inseguras, onde o descontentamento com a política é alto. E você não sabe em que direção isso irá", disse ele à <i>ORF</i>.

O presidente diz que a Áustria enfrenta "tempos muito difíceis", com preocupações com a guerra na Ucrânia, fornecimento e preços de energia e um potencial ressurgimento da pandemia de coronavírus.

"Espero que haja uma espécie de fechamento das fileiras das forças construtivas nesta república para que possamos enfrentar esses problemas juntos", disse ele.

Em 2016, Van der Bellen derrotou um candidato mais proeminente do Partido da Liberdade, Norbert Hofer, por 53,8% a 46,2% em um segundo turno que foi refeito por ordem do Tribunal Constitucional da Áustria.

O partido de Hofer alegou irregularidades de votação generalizadas no segundo turno inicial, meses antes, quando Van der Bellen venceu por um triz. A votação foi observada de perto em um ano que produziu a votação do Brexit no Reino Unido e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

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