Doze dias após o nome de Pep Guardiola surgir como possível substituto de Tite no comando da seleção brasileira a partir do próximo ano, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, falou pela primeira vez sobre o assunto e negou qualquer tratativa com o técnico espanhol – ou com qualquer outro. Apesar disso, pela primeira vez um presidente da CBF deixou em aberto a possibilidade de a seleção vir a ser treinada por um técnico estrangeiro.
A notícia de que Guardiola estaria na mira da seleção foi dada pelo diário esportivo espanhol <i>Marca</i> no dia 7, mas na ocasião ninguém na CBF comentou oficialmente sobre o assunto. Nesta terça, Ednaldo Rodrigues foi questionado sobre o tema após a Assembleia Geral que aprovou as contas da entidade e afirmou que a pergunta era "oportuna".
"A gente reconhece no Guardiola um cara vencedor, uma pessoa que dispensa qualquer tipo de apresentação, muito competente, tanto como atleta, quanto como treinador. Mas não houve nenhuma – por parte da CBF, da parte do presidente, e tampouco autorizei ninguém a falar em nome do presidente – qualquer situação de buscar Guardiola para ser treinador da seleção brasileira. Em tempo algum, isso aconteceu. De onde partiu, eu não sei", afirmou Rodrigues.
Como já fizera outras vezes, o presidente se recusou a falar sobre a sucessão de Tite, que já declarou que não pretende continuar na seleção após a Copa do Mundo do Catar, em novembro e dezembro deste ano. "Eu só vou tratar desse assunto tão logo a Copa do Mundo aconteça. Terminou a Copa do Mundo, nós trataremos dessa situação", disse.
Apesar disso, ele admitiu que o Brasil pode vir a ser treinado por um técnico de fora do País. "Nós não temos um compromisso de dizer que tem que ser brasileiro, mas também não temos o compromisso de que tem que ser estrangeiro. Na época certa, e no tempo certo, logo após a Copa do Mundo, nós vamos tratar desse tema", comentou.