O presidente da China, Xi Jinping, advertiu nesta quinta-feira, 17, sobre a possibilidade de uma nova "Guerra Fria" e tentativas de desmantelar redes de fornecimento construídas nas últimas décadas, convocando uma cooperação fortalecida e progresso na conquista da visão criada pela Cooperação Econômica Ásia Pacífico (Apec), de uma economia aberta na região.
"A economia global enfrenta uma grande pressão de declínio e crescentes riscos de recessão", afirmou Xi Jinping em observações escritas distribuídas pela conferência.
Os líderes da Apec se encontram formalmente em sessões a portas fechadas na sexta-feira e no sábado. Para alguns, será a terceira oportunidade de conversar pessoalmente nas últimas duas semanas.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, também deve comparecer no lugar do presidente Joe Biden, que irá realizar o casamento de sua neta na Casa Branca.
Líderes de 21 países-membros da Apec apontaram a guerra na Ucrânia, grandes disputas de poder, inflação, crise climática e combate à pandemia como os principais pontos de enfrentamento na costa do Pacífico. As discussões aconteceram durante três reuniões consecutivas em um local fortemente vigiado de Bangcoc, capital tailandesa.
A guerra da Ucrânia, que elevou radicalmente os preços de alimentos e energia, rompeu redes de fornecimento e atrapalhou a recuperação global após a pandemia, é desafio para os esforços de consenso da Apec, já que há discordâncias entre seus membros sobre mencionar ou não o conflito.
"Nuvens sombrias se agigantam se não estivermos preparados", observou o presidente filipino Ferdinand Marcos Jr, que também expressou alívio com a volta das reuniões presenciais para "conduzir negócios da maneira que sabemos ser mais eficiente e produtiva".