O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recorreu à pauta ambiental para tentar deixar em casa uma crise política que ameaça seu governo. Nesta terça-feira, 8, Petro fez um extenso discurso na Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), no qual defendeu propostas ambiciosas e criticou a exploração de petróleo na região.
O líder colombiano busca se distanciar de um escândalo interno. O filho mais velho dele, Nicolás Petro, acusou a campanha eleitoral do país de ter recebido dinheiro de um homem condenado por narcotráfico. A denúncia fez parte de uma delação ao Ministério Público do país, em investigação sobre suspeita de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
Nicólas chegou a ser preso no final de julho, mas teve liberdade condicional concedida na semana passada. Em entrevista à revista <i>Semana</i>, ele disse ter se sentido "abandonado" pelo pai, que tentou se distanciar do caso. Nicolás, no entanto, negou enfaticamente que o presidente soubesse do dinheiro.
O episódio derrubou a popularidade de Gustavo Petro e gerou a abertura de uma Comissão de Investigação no Congresso colombiano, que poderia acarretar em um processo de destituição.